Enquanto São Paulo já anunciou o cancelamento do Réveillon na Paulista e o Rio de Janeiro estuda um formato diferente para a queima de fogos na orla carioca, cidades da Baixada Santista avaliam o que fazer na virada do ano diante da pandemia da Covid-19. A maioria dos municípios está reunindo suas equipes para avaliar possíveis ações.
Santos recebeu 2020 com uma grande queima de fogos e emplacou, conforme a prefeitura, o segundo maior espetáculo pirotécnico realizado no país, atrás apenas do Rio de Janeiro.
Agora segundo a secretaria de Cultura (Secult) da cidade, a pasta acompanha o avanço da pandemia do novo coronavírus e seus impactos no setor de eventos, principalmente, aqueles que têm como característica a presença maciça do público.
“Qualquer decisão futura a respeito do Réveillon em Santos será tomada em conjunto por representantes da Administração, autoridades sanitárias e da sociedade civil”, afirmou a secretaria de Cultura por meio de nota. No entanto, fez questão de ressaltar que qualquer decisão terá como foco principal a proteção à saúde da população.
A Prefeitura de Praia Grande informa que ainda não há definição quanto à realização do Réveillon, mas segue atenta às diretrizes determinadas no Plano São Paulo. Porém, de acordo com a secretaria de Cultura e Turismo, neste momento, a queima de fogos está suspensa.
“A Sectur salienta que está avaliando internamente novos modelos de eventos que possam ser possíveis para a temporada de verão a fim de minimizar problemas com a alta demanda de pessoas”.
Outra cidade que reúne muitos moradores e turistas para a virada do ano na orla é Guarujá. Lá, a secretaria de Turismo informa que, até o momento, não está confirmada a realização da queima de fogos nas praias da cidade. Até porque a população flutuante do município chega a quase dois milhões de pessoas na virada do ano.
Assim como em Guarujá, o diretor do Departamento Municipal de Turismo de Peruíbe, Edilson Almeida, afirma que até o momento não há uma definição. Mas uma reunião será marcada para debater o assunto.
Em São Vicente, a Administração afirma que está conversando com as equipes técnicas para avaliar a realização do evento e que uma decisão deve sair em setembro ou outubro.
A Prefeitura de Mongaguá está estudando, por intermédio do Gabinete de Crise de Prevenção à Covid-19 da Cidade e, com base nas determinações do Governo do Estado, quais medidas cabíveis adotará em relação à virada de ano.
“Mongaguá é uma cidade turística, cujos comerciantes e empresários dependem da temporada. Por outro lado, estão proibidos eventos que gerem grandes aglomerações. A Festa da Virada deve ser pensada com responsabilidade”, disse em nota.
Bertioga e Itanhaém também explicam que estão estudando a situação.
Nesta virada de ano, apenas Cubatão não teve programação de Réveillon e, agora, a Prefeitura diz que não há plano alternativo, nem destinação orçamentária para as festividades de Ano Novo.