Ciclone subtropical pode causar ondas de até 4 metros na região

Marinha alerta para formação de ventos, que pode resultar em uma tempestade subtropical ‘kurumí’

Por: Por ATribuna.com.br  -  23/01/20  -  12:19
Atualizado em 23/01/20 - 12:47
Ressaca em Santos fez com que trecho da Avenida Bartolomeu de Gusmão fosse interditada
Ressaca em Santos fez com que trecho da Avenida Bartolomeu de Gusmão fosse interditada   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Marinha do Brasil, por meio do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitiu um alerta para a formação de um ciclone subtropical, que deve ter reflexos na Baixada Santista.


O fenômeno pode provocar ondas de 3 a 4 metros de altura entre os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, incluindo a Baixada Santista. As ondas ocorrem em alto mar com incidência entre esta quinta-feira (23) e sábado (25).


A formação do ciclone subtropical está associada a uma zona de convergência sobre uma região em que a temperatura da superfície do mar fica entre 26ºC e 27ºC. Caso a intensidade dos ventos observados alcance ou supere 63 km/h, o fenômeno será reclassificado como ‘tempestade subtropical “kurumí”’, expressão indígena que significa ‘menino’.


O ciclone pode reforçar a umidade, ocasionando grandes acumulados de chuva. Alerta-se aos navegantes que consultem essas informações antes de se fazerem ao mar e solicita-se ampla divulgação às comunidades de pesca e esporte e recreio.


Fenômeno trará chuvas


O climatologista Rodolfo Bonafim explica que esse fenômeno é comum na época entre o fim de fevereiro e início de março, quando a temperatura do mar aumenta, mas neste ano aconteceu um pouco mais cedo.


O tempo continua chuvoso e com ventos até esta sexta-feira (24), segundo o especialista. O tempo volta a melhorar no sábado (25). O sistema traz mau tempo, mas se dissipa rapidamente. “A tendência é ele sempre caminhar para o alto mar”.


Bonafim ainda esclarece que há risco de ressaca. “As chuvas acumulam bons volumes, mas não devem causar transtornos, a não ser nas áreas costumeiras de alagamentos, como a Zona Noroeste de Santos e Parque Bitaru, em São Vicente, que são áreas endêmicas de chuvas”, finaliza.


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