Baixada Santista tem saldo positivo de 593 vagas de emprego em agosto

Este é o balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); Santos e Guarujá se destacam no levantamento

Por: Matheus Müller & Da Redação &  -  26/09/19  -  22:36
Sazonalidade provoca aumento da demanda de mais profissionais para atender no comércio varejista
Sazonalidade provoca aumento da demanda de mais profissionais para atender no comércio varejista   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

Entre admissões e demissões, a Baixada Santista fechou agosto com um saldo positivo de 593 empregos com carteira assinada. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.


O país também apresentou resultado positivo: 121.387 empregos. O número é o maior neste período nos últimos seis anos. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comemorou a notícia pelo Twitter. “O Brasil segue se recuperando”. 


Santos e Guarujá foram as cidades com melhores índices, sendo que a primeira fechou o mês com 365 novos empregos, enquanto a segunda ficou com 281. Na contramão, vêm Cubatão (-102), Peruíbe (-98), Praia Grande (-51) e Itanhaém (-15).  


Em todos municípios da região, o setor que mais gerou empregos foi o do comércio varejista, com 622 novas vagas. 


Mas, apesar disso, a Baixada Santista ostenta números negativos entre janeiro e agosto deste ano. Até o momento, 1.866 vagas foram fechadas, sendo Guarujá o destaque negativo, com redução de 961 vagas.


Confiança 


De acordo com o economista Marcos Prandi, no segundo semestre, costumam ocorrer mais contratações no comércio. Além disso, ele acredita que os empresários também começam a observar mais segurança nas medidas econômicas do Governo Federal. 


Prandi ressalta que, no início do ano, havia uma expectativa pelas medidas da gestão Bolsonaro e os primeiros resultados não foram positivos. “Saindo a reforma da Previdência e caminhando um pouco mais com a reforma tributária, nós deveremos ter algum avanço no emprego”.  


A injeção de dinheiro com as liberações do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o adiantamento de 50% do 13º dos aposentados do INSS, segundo o economista, ajudou a movimentar o comércio.  


Crescimento tímido 


Segundo o economista Jorge Manuel de Souza Ferreira, os números do mês são tímidos, mas ainda assim a recuperação deve ser considerada. “Afinal, nós tivemos problemas pontuais na região, como o fim de atividades de terminais portuários”.  


Ferreira acredita que os bons resultados vão continuar, mas alerta que essa condição passa pelo “sucesso da política econômica, bem como do empresariado em acreditar no crescimento futuro e investir na capacidade produtiva”. 


Dados insuficientes 


O economista José Pascoal Vaz diz que é difícil comentar os números do Caged, uma vez que ele só leva em conta empregos com a carteira assinada. “Hoje, [a carteira assinada] é algo como a metade dos empregos. O restante, segundo informações, são trabalhos informais”.  


Sobre as pessoas com empresa aberta e que prestam serviços (PJ), Pascoal informa que estes não se consideram desempregados, o que torna difícil fazer diagnósticos para que soluções sejam tomadas. 


“A Baixada Santista precisa ter um banco de dados urgentemente. Caso contrário, não sabe qual política desenvolver”.


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