O reajuste de 3,43% no gás de cozinha (GLP), autorizado pela Petrobras e válido desde domingo (5), começa a chegar aos consumidores da Baixada Santista. As revendedoras já iniciaram o repasse da alta aos clientes, que pode chegar a R$ 5.
O último aumento havia ocorrido em fevereiro. Segundo a estatal, o preço internacional do produto e a alta do dólar foram os motivos da nova alteração.
Pelos cálculos do presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras, Robson Carneiro dos Santos, as correções dos últimos meses chegam a 18%. “O setor não consegue repassar os reajustes. Mas também não suporta mais segurá-los”.
Situação bem conhecida pela dona de uma revenda em São Vicente, Patrícia Souza. Ela afirma viver um dilema sempre que os preços sobem. “Se a gente repassa, perde o cliente. Estamos segurando o reajuste e não há previsão de repasse. Mas não é fácil”.
Também é difícil para a comerciante Ana Gomes, de 55 anos, que tem um carrinho de pastéis no Centro de Santos. Ela usa dois botijões e meio por mês para os salgados e o consumo em casa. “Cortarei o lucro para não perder o cliente”, comenta.
Que fazer
Pesquisar é um caminho. Buscar o botijão também ajuda. Para entrega em casa, o valor varia de R$ 78 a R$ 94 em estabelecimentos consultados por A Tribuna, a depender da cidade de destino. Para retirada na revendedora, de R$ 65 a R$ 70.
O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, considera não haver muito o que fazer.
“Não há como substituir o botijão. É reduzir o consumo ou economizar em outros itens pra compensar a alta”, sugere.