Desestatização do Porto de Santos deve gerar investimentos de pelo menos R$ 10,5 bilhões

Secretaria especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier fez explicação durante segundo painel do seminário Porto & Mar

Por: Por ATribuna.com.br  -  01/12/20  -  17:14
Secretaria prevê investimentos com a privatização do Porto de Santos
Secretaria prevê investimentos com a privatização do Porto de Santos   Foto: Carlos Nogueira/AT

Ainda com valores iniciais, e que podem vir a aumentar, o processo de desestatização do Porto de Santos terá investimentos de ao menos R$ 10,5 bilhões privados, segundo análise da secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia, Martha Seilier,  que participou do segundo painel do Seminário A Tribuna Porto & Mar 2020, para o desenvolvimento do Porto de Santos.


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O painel contaria, ainda, com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. No entanto, após testar positivo para Covid-19, o ministro cancelou toda a sua agenda da semana. O seminário marca o primeiro evento oficial do Santos Convention Center, na Ponta da Praia, inaugurado no mês de outubro.


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Martha Sellier, que faz parte da equipe do ministro Paulo Guedes, compõe a PPI, programa relativamente novo, criado em 2016, que vem realizando parcerias com os demais ministérios do Governo Federal, visando melhorias e investimentos em todos os setores do país.


Seguindo os prognósticos do Ministério da Infraestrutura, o leilão de arrendamento do Porto de Santos deverá ocorrer no primeiro semestre de 2022. Segundo dados apresentados pela secretaria para todo o público que compareceu ao evento, o investimento prévio é de R$ 10,5 bilhões.


"Diferentemente da Codesa (Companhia Docas do Estado do Espírito Santo), onde já estamos em uma fase mais avançada, com o Porto de Santos e São Sebastião estamos ainda na fase de estudos. Essa é uma estimativa inicial, feito até pela própria secretaria responsável e autoridade portuária. Certamente os estudos vão detalhar melhor os investimentos, o seu volume - e em quais áreas -, o que pode vir a ser muito mais, até para detalhar fluxo dos investimentos, que devem avançar ao longo dos 35 anos da concessão", explicou.


Martha detalhou, ainda, durante sua apresentação, potenciais investidores para o complexo portuário santista uma vez que o processo de desestatização estiver concretizado. Segundo ela, devido as características e relevância do Porto santista, será necessário um consórcio de empresas que atendam as demandas financeiras.


"Estamos em contato com potenciais investidores, que inclusive já estão no Porto. Precisamos detalhar melhor os requisitos, afinal é o Porto mais relevante da América Latina - que tem um valor elevado de investimentos. Nesse tipo de projeto teremos um consórcio de investidores, no tipo de gestão portuária, que vão atuar com alta capacidade no setor".


"Pela quantidade de operadores que temos nos terminais - de segmentos diferentes -, o trabalho não está focado somente em contêineres, ou granéis (líquidos e sólidos), ou seja, encontramos de tudo nesse Porto. Nesse processo é preciso que atraia investidores em que não tenha conflito de interesses, conforme até o próprio secretário Piloni mencionou no primeiro painel", finalizou.


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