A cadeia do plástico se defende: 'Vilão, não'

O plástico, normalmente, é visto como um vilão, principalmente para o meio ambiente, dada a quantidade de material deste tipo encontrado na natureza - devido ao descarte irregular. Entretanto, apesar deste senso comum, convidados de A Região em Pauta saíram em defesa do setor, afirmando que ele traz diversos benefícios para toda a sociedade.

A assessora técnica da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Simone Carvalho Levorado Fraga, foi a primeira a citar as vantagens geradas pelo material. “Antigamente, as seringas eram de vidro. A mesma seringa era usada em uma fila de vacinação, do primeiro ao último. Hoje, temos as descartáveis. Imaginem a Covid-19 com seringas de vidro, a AIDS… não dá para imaginar”, exemplificou a especialista.

O coordenador da Câmara Técnica de Meio Ambiente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Marcos Libório, afirmou que a população precisa mudar a forma como vê o material. Segundo ele, o que deve acontecer é uma mudança de hábito por parte dos indivíduos.

“O foco não é combater o plástico, mas o excesso de uso único dele, aquele que fica poucos segundos em nossa mão, mas muito tempo no meio ambiente”, disse, salientando que esta postura, aliada a um descarte correto dos objetos “contribui com gestão pública. Queremos a diminuição de custos de coleta dos municípios e que sejamos mais eficazes na reciclagem”.

Finalizando seu discurso, ele, que também é secretário de Meio Ambiente de Santos, ressaltou que “o plástico em si é opção do cidadão” e que “não é o vilão”. “Este material tem resistência mecânica, melhor condição de acondicionamento…”.

Assim, Simone encerrou o tema, declarando que “não conseguimos imaginar a sociedade moderna sem plásticos. Demonizar um material que só trouxe benefícios… Sem ele, muita coisa não é possível. Quer falar mal do plástico? Então, tire a roupa, os óculos, sapatos e levante da cadeira, porque tudo isso tem plástico em sua composição”.