Os Tiros de Guerra e a causa social

Estamos atuando junto às prefeituras para implantar os Tiros de Guerra em municípios que ainda não tenham a instituição

Por: Tenente Coimbra  -  15/06/21  -  08:09
 A ideia é levar esses instrumentos de educação e civilidade até as cidades do interior
A ideia é levar esses instrumentos de educação e civilidade até as cidades do interior   Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Largo

Visando a importância no desenvolvimento dos jovens criamos a Frente Parlamentar pela Criação e Preservação dos Tiros de Guerra. Já estamos atuando junto às prefeituras para implantar os Tiros de Guerra em municípios que ainda não tenham a instituição.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


A ideia é levar esses instrumentos de educação e civilidade até as cidades do interior para que os jovens tenham a oportunidade de prestar o Serviço Militar Inicial.


A função da Frente é auxiliar as prefeituras no processo de instalação dos Tiros de Guerra, que são mantidos por meio de convênios com o Comando da Região Militar. Durante 40 semanas, os jovens recebem treinamentos de instrutores do Exército com uma carga semanal de 12 horas.


A Prefeitura disponibiliza as instalações e o Exército fornece os instrutores, o fardamento e os equipamentos. Segundo ele, cerca de 100 cidades paulistas não possuem Tiro de Guerra, incluindo as quatro cidades do Litoral Norte: Caraguá, São Sebastião, Ubatuba e Ilhabela.


Entendo que os Tiros de Guerra são importantes porque representam uma das instituições com maior índice de confiabilidade da população e porque ensinam a jovens no período de alistamento valores como patriotismo, civismo, disciplina e respeito.


Os TGs permitem, de forma criativa, inteligente e econômica, proporcionar a milhares de jovens brasileiros, principalmente os que residem em cidades do interior do país, a oportunidade de atenderem à Lei e de prestarem o Serviço Militar inicial. Mais que o caráter obrigatório, essa modalidade de Serviço Militar configura um direito do cidadão em dar sua contribuição, ainda que modesta, para a defesa da Pátria, conciliando sua vida cotidiana com sua rotina de trabalho, estudo e convívio familiar.


Mas o que é um Tiro de Guerra?


O Tiro de Guerra (TG) é uma instituição que resultou de uma parceria sólida entre o Exército Brasileiro, o Poder Executivo Municipal e a sociedade.


Esses jovens, ao serem matriculados com base na Lei do Serviço Militar (LSM), recebem a denominação de “ATIRADORES”, designação emblemática e histórica, vinda das primeiras sociedades de Tiro ao Alvo no Brasil.


O TG é responsável pela formação dos atiradores (soldados) e de cabos para o Exército Brasileiro, ambos de 2ª categoria, ou seja, reservistas.


Essa instituição militar possui uma função muito semelhante à dos quartéis convencionais do Exército. Desse modo, atua na formação e na consolidação do civismo e da cidadania dos jovens voluntários.


No TG são ministradas diversas instruções militares que permitem aos seus integrantes a preparação básica para se tornarem reservistas. Contudo, esses treinamentos são menos intensos do que os que ocorrem no período básico militar convencional.


Outra peculiaridade é relacionada ao tempo de duração do período básico. Enquanto nos demais quartéis o recruta recebe todas as instruções iniciais em 3 meses, o atirador do TG o faz em 1 ano.


Diferentemente da formação militar que acontece nos quartéis convencionais, os recrutas do Tiro de Guerra ficam apenas cerca de 2 horas por dia no quartel. Assim, podem conciliar o serviço obrigatório com algum trabalho ou estudo. Por causa disso, os voluntários que se alistam no TG não recebem remuneração do Exército.


Acredito que mais do que uma instituição militar, o Tiro de Guerra é um patrimônio da sociedade, uma vez que, além de permitir o cumprimento da Lei de Serviço Militar, também oferece ao jovem do interior a oportunidade de servir à Pátria e contribuir na defesa de seu país, onde é ensinado respeito, hierarquia e a maneira digna que as pessoas devem ser tratadas. As famílias desses jovens são a prova da garantia do aprendizado deles e a mudança de comportamento que adquirem.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter