Uma rampa para os pescadores
É o que pedem há anos os pescadores, para remover suas embarcações para reparos, e também ter melhor acesso
Apenas uma rampa no Rio Preto. É o que pedem há anos os pescadores de Peruíbe, para que possam remover suas embarcações para fazer reparos e também ter melhor acesso ao curso d´água e ao mar aberto.
Esta necessidade básica ficou mais evidente quando os pescadores que utilizam o Rio Preto tiveram enormes prejuízos após 20 embarcações serem destruídas por um ciclone bomba, no dia 30 de junho de 2020.
Como se não bastasse terem que enfrentar a perigosa barra do Rio Preto na saída para o mar – quase sempre assoreada e com fortes ondas -, eles não contam com uma simples rampa para retirar e colocar suas embarcações na água.
Entrei nesta briga com eles e passei a cobrar os governos do Estado e Federal. De tanto cobrar confesso que fiquei satisfeita com a vinda do ministro do Turismo, Carlos Brito, na manhã do dia primeira de junho, quando ele percorreu o Portinho acompanhado de lideranças e da presidente da Colônia de Pescadores Z-5, Eliana Gomes Diniz.
Eliana é uma mulher guerreira e representa o espírito persistente dos pescadores. E na visita o ministro firmou compromisso em viabilizar uma rampa no Rio Preto. Apoiou a iniciativa e pediu à Prefeitura de Peruíbe um projeto e mais documentos para que possa viabilizar os recursos para a obra.
Depois de percorrer o Portinho de desembarque de pescado, às margens do Rio Preto, o ministro, um pouco mais adiante, conheceu o local onde chegou a existir uma rampa, hoje completamente destruída. O lugar é considerado o ponto ideal para a construção da nova rampa.
Carlos Brito foi informado, por especialistas presentes ao local, que um projeto similar, que inclui medidas de desassoreamento, foi aprovado pelas autoridades ambientais do Estado de São Paulo para o Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, no Litoral Norte, também navegável e que tem problemas de acesso na sua foz.
O ministro, animado, ponderou que se aprovaram para o Litoral Norte de São Paulo certamente aprovarão também para Peruíbe. É isso que temos que conseguir: a aprovação ambiental para a rampa para que o ministro libere os recursos necessários. Vamos cobrar!
