Amigos, depois de um meio de semana conturbado pela desclassificação na Copa do Brasil, a expectativa para o Derby era das melhores pois um jogo como esse sempre serve para recuperar o time que está mais desacreditado ou transferir a crise para o adversário histórico. Dessa vez, o Palmeiras chegou mais abatido pela derrota para o CRB, que foi considerada a maior zebra da rodada considerando a diferença técnica das duas equipes. Já o Corinthians vinha desacreditado desde a derrota que teve em casa no jogo de ida e não conseguiu mudar a história diante da boa equipe do Atlético Goianiense.
Assim começou a história de mais um clássico paulista no Brasileirão, com o Palmeiras abrindo na frente e dando a impressão de que iria mesmo se recuperar diante de um Corinthians enfraquecido tecnicamente, mas como essa história nunca termina de maneira lógica restou o recuo em demasia e a permissão de espaços em campo que o Palmeiras proporcionou ao Corinthians para que a igualdade no placar trouxesse um pouco mais de tranquilidade a Abel Ferreira e Sylvinho. O português vem muito pressionado pelos últimos tropeços mesmo considerando o excesso de partidas do clube, desfalques com convocações e contusões que tornaram o Palmeiras inferior em campo ao que era ainda no início dessa temporada.
Já Sylvinho, que assumiu o cargo debaixo de muita dúvida e aceitando as condições financeiras que o Corinthians pôde oferecer, viu seu time se superar em campo como costuma fazer pela força de sua tradição mesmo com sérios problemas de ataque mal alimentado por uma defesa e meio-campo ineficientes. Ocupou os espaços concedidos, teve mais posse de bola e acabou saindo de campo mais aliviado. Fica a expectativa para o que farão ambos na sequência do Brasileirão, única preocupação corintiana agora e mais um compromisso no calendário tão ocupado pelo lado do Palmeiras com mata-mata da Libertadores a frente.
O Santos recebeu o Juventude na Vila Belmiro numa noite muito limitada. Time sem objetividade ofensiva e nada criativo diante de um adversário que claramente veio preocupado em apenas se defender e se valeu de sua boa marcação e do deserto de ideias da equipe santista. Santos foi muito frágil no setor ofensivo e nem mesmo Marinho conseguiu ser o jogador de sempre.
A caminhada de Fernando Diniz a frente do Santos carece de muita paciência por parte dos torcedores e de profunda mudança em seus conceitos de jogo sempre tão criticados e nunca alterados seja quem for o adversário. E ainda dentro desse discutido conceito está aguardando a contratação do volante Camacho do Corinthians, seu velho conhecido do Audax e do Athlético Paranaense sempre com um futebol mediano e sem brilho. O que esperar do Santos no Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-americana??
Em pior situação está mesmo o São Paulo FC que ainda não venceu no Brasileirão e não fez nenhum um gol em três partidas disputadas. Hernan Crespo tem sido otimista mesmo assim, respaldado pelo título do Paulistão e esperando melhores resultados na Copa do Brasil e Libertadores.
A prevalecer o conceito da atual diretoria do tricolor depois da conquista que teve um sabor de Copa do Mundo talvez o maior objetivo agora seja o inédito título de campeão da Copa do Brasil, para então poder colocar mais um troféu importante e histórico em sua galeria. Mas por que não colocar imediatamente mais uma estrela em sua camisa depois que o Paulistão significou mais um "título mundial"? Será que o ano já está resolvido para o São Paulo?