A vida é feita de permanentes escolhas. Não conseguimos estar em todos os lugares, ter tudo o que queremos nem fazer todas as coisas ao mesmo tempo. Assim, priorizamos. Nossos resultados, conquistas, realizações serão frutos das escolhas que fazemos ao longo da vida. Como deputado, descobri em meu primeiro mandato que, por mais que eu quisesse arrumar o mundo, não conseguiria. Assim, tive que ir definindo o que era prioridade, de forma que pudesse realizar o máximo possível, dentro do tempo e dos valores de emendas que me são autorizadas. Escolher o certo para fazer o melhor.
Porém, diferente de nós – eu e você – e ao contrário do que se espera -, o Governo do Estado de São Paulo acaba de anunciar que fará um investimento de 9 milhões de reais no Museu da Diversidade Sexual, que incluirá sua ampliação, modernização e novos equipamentos, colocando em segundo plano incontáveis outras prioridades, muito mais importantes, úteis e óbvias. Um descalabro. Uma afronta àqueles que esperam do poder executivo o atendimento às necessidades básicas e não atendidas, distribuídas por todo o Estado de São Paulo.
Terão a Saúde, a Educação, a Segurança chegado a um nível de atendimento e prestação de serviço perfeitos, de forma que tal valor possa ser colocado à disposição para coisas tão fora do contexto de uma administração pública? Será que a população – e incluo o público LGBTQI+ - não carece de nenhum outro serviço que não seja esse?
Que sejamos mais incisivos em nossas cobranças, muito mais rígidos com o poder público e infinitas vezes mais focados em construir uma sociedade melhor para todos. Sem discriminar, mas também sem desperdiçar dinheiro público com algo tão absurdo.