Sagrado e profano: A sexualidade feminina

Mesmo as mulheres que se consideram mais evoluídas e antenadas, tem ainda alguns padrões que devem ser descontruídos

Por: Marcia Atik  -  15/12/20  -  17:20
Atualizado em 07/06/21 - 15:14
 Temos doenças que atingem preferencialmente as mulheres e estão intimamente ligadas a sexualidade
Temos doenças que atingem preferencialmente as mulheres e estão intimamente ligadas a sexualidade   Foto: Divulgação

Hoje eu quero falar um pouco sobre sexualidade feminina. Sei que só se fala de mulher em março, mas já esta na hora de nos dedicarmos à disruptura e, em se falando de sexualidade feminina, existem muitas crenças que só atrapalham, e mesmo as mulheres que se consideram mais evoluídas e antenadas, tem ainda alguns padrões que devem ser descontruídos.


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Ah!! Importante dizer que esse tema também interessa aos homens que via de regra dizem não entender as mulheres. Super compreensivel, pois os caminhos do desejo feminino são diferentes dos caminhos do homem, mas não menos importantes e necessários.


Sim, necessáros, pois sabe-se que repressão sexual vai produzir um sintoma, e hoje temos algumas doenças que atingem preferencialmente as mulheres e estão intimamente ligadas a sexualidade.


Vou aproveitar e usar nessa reflexão uma frase de Clarice Lispector, uma das maiores escritoras brasileiras, apesar de não ter nascido aqui, que esta fazendo 100 anos, e que, na minha opinião, traduz a alma feminina como ninguém.


A minha preferida é “Liberdade é pouco, o que eu desejo não tem nome.." Essa frase é interessante pois não nomeia o que a mulher sente, e falando-se de sexualidade é bem por aí, o prazer feminino é difuso e muitas mulheres não o reconhecem, pois é comum associar o prazer ao que conhecem do homem, um prazer localizado e aparente.


Romper a passividade daquela que dá para o outro o seu corpo e aprender a reconhecer que o climax sexual é fruto de uma busca pessoal e intransferivel.


Liberdade é isso. Excesso de vida, entregar-se e não saber o nome, mas sentir que todo o corpo liberto se permite acessar o prazer.


E o que é liberdade para a mulher além de todas as que foram conquistadas? É saber reconhecer seu corpo sexual, que vai além dos órgãos sexuais, e cujo acesso é pessoal e intransferível.


Essa capacidade de se entregar sem medo às sensações é o melhor caminho para uma sexualidade plena, uma vida mais feliz e, por que não, mais saúde física e emocional.


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