Somente a união em torno de um único nome pode salvar o Brasil

Os excessos não trazem consequências positivas em absolutamente nenhum aspecto, e na política não é diferente

Por: Júnior Bozzella  -  25/10/21  -  06:40
 Os excessos não trazem consequências positivas em absolutamente nenhum aspecto, e na política não é diferente
Os excessos não trazem consequências positivas em absolutamente nenhum aspecto, e na política não é diferente   Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Os excessos não trazem consequências positivas em absolutamente nenhum aspecto, e na política não é diferente. Isso não sou eu quem estou dizendo e sim a histórica que já nos mostrou os prejuízos políticos, econômicos e democráticos das nações que viveram sob governos radicais, estivessem eles alinhados à direita ou à esquerda.


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Por essa razão, cada vez mais brasileiros têm se manifestado contra os dois nomes que vem sendo apontados para disputar a sucessão presidencial. Vemos surgir um movimento “Nem Nem”, daqueles que não querem nem Bolsonaro e nem Lula. Hoje, as pesquisas apontam que essa é a visão de mais de 50% da população do nosso país. Nesse cenário os anseios por um nome forte surgindo da terceira vem se acentuando na esperança de encontrar alguém com ética, competência e equilíbrio para colocar o Brasil de volta no prumo.


Mandetta, Datena, Doria, Pacheco, entre outros que vem sendo cogitados, são nomes de peso que sem dúvida alguma tem potencial para colocar fim nessa polarização Bolsonaro x Lula. Contudo, o surgimento do nome do ex-juiz Sérgio Moro nesse xadrez leva a discussão para outro nível. Moro é o herói de toda uma geração cansada de ver o Brasil ser saqueado por políticos corruptos. Ele representa o significado mais genuíno do patriotismo, pois abdicou da sua carreira como magistrado para se colocar a serviço do Brasil quando aceitou o convite para ser ministro do governo Bolsonaro. Foi quando então, deu um novo exemplo de valores e moral e mais uma vez colocou os seus interesses pessoais de lado, se recusando a compactuar com as arbitrariedades cometidas pelo presidente Jair Bolsonaro. Deixou a toga e o ministério por convicção, por comprometimento com o país, e isso é algo que está na memória de todo brasileiro. Por esse motivo, uma possível candidatura de Sérgio Moro tem sim um valor gigantesco em qualquer desenho político que se faça pensando em 2022.


O Brasil caminha para um buraco profundo, com a inflação derretendo o poder aquisitivo do povo e a instabilidade política trazendo duros golpes à nossa economia. A sombra do caos econômico vivido pelos nossos vizinhos argentinos começa a se projetar cada vez mais intensamente sobre nós. Romper a polarização aparece diante dos olhos dos analistas mais experientes como o único caminho. A sucessão de governos da direita e esquerda vem impedindo qualquer tipo de política de continuidade, porque a tendência tem sido que cada um que assume destrua tudo que foi executado pelo seu antecessor, num processo cíclico que estagna o desenvolvimento do país.


Uma das mentes mais lúcidas do Exército Brasileiro, general Santos Cruz, já manifestou publicamente que a sua esperança para o Brasil está na terceira via, no surgimento de um nome austero que restaure o respeito, a honestidade, o combate à corrupção e a união nacional. O Brasil precisa de alguém que jogue água nessa fogueira de vaidades e que quebre esse ciclo de governos liderados por tarados pelo dinheiro público.


Hoje, as palavras governo Bolsonaro e democracia são antíteses, de modo que é impossível àqueles que defendem a democracia apoiarem este governo. Não se trata de direita ou esquerda, mas de não compactuar com os excessos e desmandos cometidos pelo Bolsonaro e buscar uma alternativa real a ele.


Não é só a classe política e o mesmo o Exército que aguardam um nome para se contrapor a polarização entre Bolsonaro e Lula, mas o próprio mercado financeiro, cujo entendimento é de que somente a união do centro em torno de um único nome pode salvar o Brasil de uma das mais terríveis recessões dos últimos tempos. Enquanto deputado federal e vice-presidente do PSL é nesse sentido que tenho incansavelmente trabalhado junto às demais lideranças: unir o Brasil!


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