Roberto Petri

Meus amigos, o jornalismo esportivo do Brasil perdeu um de seus grandes nomes: Roberto Petri.

Ele morreu aos 85 anos e deixou muitas lições na profissão. Sério, competente, estudioso e muito dedicado ele se destacou nos jornais, rádio e tvs que trabalhou. Sempre com muita dignidade. Era rigoroso e generoso. Rigoroso ao exigir de todos muita disciplina. Ao valorizar o exercício da profissão e orientar a todos para a importância de se escrever e falar corretamente a língua portuguesa. Generoso porque sempre abriu as portas para muitos colegas.

Eu vi Roberto Petri, pela primeira vez, na antiga e famosa TV Tupi, que era uma verdadeira seleção de craques. Petri era titular absoluto ao lado de gigantes como Walter Abrahão, Geraldo Bretas, Eli Coimbra Gerdi Gomes, José Góes, Sérgio Baklanos, Luiz Noriega, Vitor Moran, Lucas Neto e Antonio Eurico, entre outros grandes nomes.

No auge da TV Tupi, ao lado do também saudoso Eli Coimbra (o melhor repórter que eu conheci) lançou o futebol dente de leite. Os mais velhos vão lembrar dos bordões “craque na bola e craque na escola” e “bola no pé e livro na mão”. Era uma febre entre os jovens aspirantes que sonhavam brilhar no futebol. Roberto Petri também foi diretor de esportes da Rádio e TV Gazeta, o período que lançou jovens, entre eles Galvão Bueno, Flávio Prado e Jota Júnior.

Petri tinha olho clínico. Conhecia como poucos o jornalismo esportivo. Bastava observar um pouco para saber quem tinha futuro. E acertou muitas vezes. Bastaria citar os 3 nomes consagrados. Ele também era especialista no futebol argentino. Ninguém no Brasil estudou tanto os nossos rivais como o Petri. E tudo que ela fazia era com muito capricho. Um cara tão competente e tão sério que até hoje é lembrado por tantos ouvintes, telespectadores e leitores.

Quem lembra dele tem uma história carinhosa com ele. Tem lembranças de seus programas, de seus comentários e das suas orientações.

Roberto Petri foi um mestre do jornalismo. Tive a sorte de vê-lo em ação e nunca vou esquecer de um profissional tão especial que influenciou muitas gerações dos melhores dias do nosso jornalismo