O Auxílio-Miséria vai continuar

Com a redução para R$ 250, e, em alguns casos, para apenas R$ 150, benefício merece ser renomeado como Auxílio-Miséria

Por: Sergio Pardal Freudenthal  -  17/06/21  -  06:49
 A insegurança absoluta causada por essa política de terra arrasada serve apenas aos fascistas
A insegurança absoluta causada por essa política de terra arrasada serve apenas aos fascistas   Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O desgoverno está anunciando a prorrogação do Auxílio-Miséria de 250 reais por pelo menos mais dois meses. Aqui nesse espaço, defendi inúmeras vezes que o Auxílio-Emergencial deveria ser garantido a todos que necessitam e até que a campanha de vacinação atinja um mínimo da população (70% para cima). Então teríamos o efetivo retorno às atividades. Ao invés, deixaram os primeiros meses do ano sem qualquer cobertura, e, quando recolocam, é por um valor irrisório.


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O Auxílio-Emergencial no valor de 600 reais, com 1.200 reais para as mães de família, não era nenhuma maravilha. Porém, 250 reais, com 375 reais para as mães e 150 reais para os solitários, só pode ser chamado de Auxílio-Miséria.


A insegurança absoluta causada por essa política de terra arrasada serve apenas aos fascistas. Usam a ignorância, o medo e o ódio para se sustentar no poder. A Constituição Cidadã, promulgada em 1988, bem define a Assistência Social enquanto obrigação do Estado e direito de todos que dela necessitarem.


O Auxílio-Emergencial, de, no mínimo, 600 reais, garantindo os que precisam enquanto durar a pandemia que completa 500 mil mortes em nosso país, é obrigação do Estado, e, na falta de qualquer dignidade no Poder Executivo, se torna responsabilidade do Congresso Nacional.


A recuperação econômica depende de quem precisa gastar, de quem necessita comer, vestir e habitar. O socorro deveria ser imediato e constante para os que precisam dele, inclusive o pequeno comércio e indústria.


O mundo todo entendeu que a solidariedade é a garantia de sobrevivência de cada um, haja vista a distribuição de vacinas para os países que não podem comprar. Na nossa terrinha, apenas quando houver novo governo.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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