Um dos marcos de Monte Sião é a sua estreita relação com a fé, especialmente a católica. Há, inclusive, um certo pioneirismo religioso materializado no Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Construída em 1849, é a primeira igreja dedicada a Medalha Milagrosa do Brasil.
Pesquisas realizadas em documentos arquivados na Cúria de São Paulo e Pouso Alegre (MG), em arquivos paroquiais e particulares de Ouro Fino (MG) e Monte Sião, comprovam o fato.
A igreja e, consequentemente, a cidade, integram o Caminho da Fé, uma rota peregrina que liga as cidades de Águas da Prata (SP) a Aparecida (SP), esta última distante 282km de Monte Sião. O trajeto mais longo tem 742km, saindo de Borborema (MG), e o mais curto, partindo de Paraisópolis (MG), tem 134km.
Outra igreja que merece ser visitada é a do Rosário, no centro. Embora tenha sido inaugurada oficialmente em 1955, ela já existia como uma capela de pau a pique desde o século 19. Ganhou esse nome por ficar em um local conhecido como Largo do Rosário. Em 1953 foi demolida e doada à prefeitura para ser reconstruída dois anos depois com dinheiro arrecadado em uma quermesse.
Ao redor da igreja há uma praça que também levou o nome de Rosário. Nela, produtores de tricô artesanais expõem seus trabalhos em barraquinhas.
Apesar dos vários atrativos que Monte Sião oferece, é impossível passear sem levar ao menos uma malha de lembrança, principalmente no inverno. A cidade é tomada por mais de 800 lojas e 2,5 mil malharias que vendem no atacado e varejo, com produção própria e em larga escala – por isso, os preços acabam sendo irresistíveis.
Neste ano, a procura, mais uma vez, é por malhas com cores vivas, fugindo das tonalidades sóbrias, mantendo uma tendência que se iniciou há dois anos.
“Notamos essa tendência no verão passado, que se manteve no inverno e voltou com força no verão de 2021”, observou Marcela Brasil Sobreiro do Carmo, proprietária da Bella Brasil, de moda feminina.
Segundo ela, os turistas que chegam a Monte Sião para comprar roupas buscam por modelos mais atuais, quando são lançadas as coleções de inverno e verão.
A mesma tendência também foi observada pela gerente Jucilena Loures, da Bianca Malhas. Com cerca de 200 tipos de modelos, a procura também é maior por cores mais vivas. “No inverno mesclam as preferências, que vão do mais simples ao sofisticado”.
Infraestrutura de hospedagem moderna e acessível
O Hotel Vivas, por exemplo, está situado a menos de 2km do centro e recebe, durante a semana, compradores de malhas e, aos finais de semana, turistas que visitam a cidade para uma permanência por mais tempo.
Apesar de ter sido inaugurado em 2015, suas instalações são novíssimas, em um prédio imponente, moderno e envidraçado, valorizando a luz natural. O hall de entrada possui obras de arte que fazem inveja a muitas galerias e um charmoso café.
O projeto arquitetônico foi idealizado pelos sócios Benedito Antônio de Souza Godói, mais conhecido como Benê, filho de camareira; e por Andrea Mendonça Leal. São 16 suítes comuns e 19 masters com sacada e ar climatizado. O café da manhã é elogiado pelos hóspedes por sua variedade de opções e por ser servido em um ambiente moderno e acolhedor.
Boa comida também é uma marca
Iguarias típicas mineiras também têm vez e, além da comida saborosa, um dos pontos altos são as sobremesas caseiras. Experimente os cremes de cocada e de amendoim.
À noite, com o friozinho do inverno, uma boa pedida é saborear uma deliciosa pizza. Uma das mais tradicionais do destino, a Pizzaria do Roberto é reduto de turistas e habitués locais.
O destaque vai para as pizzas diferenciadas, como as produzidas com frutos do mar, como atum, camarão e bacalhau; e vegetais, com abobrinha, alcachofra ou palmito. Pizzas de queijo, frango, de frios e doces completam o cardápio.
Apesar de pizzaria, a casa também cria pratos à base de carne, como filé mignon, picanha, além de peixes e caldos, que caem bem nas noites frias. Espaguete, talharini, caneloni, e lasanha são algumas das opções para quem gosta de saborear uma massa.