Caribe de fronteiras abertas

Ao contrário de outros destinos, brasileiros são bem-vindos na região, mas com restrições

Por: Da Redação  -  27/06/21  -  13:05
  Ao contrário de outros destinos, brasileiros são bem-vindos na região do Caribe - mas com restrições
Ao contrário de outros destinos, brasileiros são bem-vindos na região do Caribe - mas com restrições   Foto: Unsplash/Reprodução

Mesmo antes do turismo da vacina, brasileiros embarcaram para o México ao longo da pandemia. Com apelo no mercado nacional – Cancún frequenta as listas dos destinos preferidos no exterior há anos –, o país foi um dos poucos que se mantiveram abertos para viajantes do Brasil.


Agora, outros pontos da América Latina e do Caribe divulgam que – ao contrário do que ocorre em muitas partes do mundo – brasileiros são, sim, bem-vindos. O foco é atrair, além do turista convencional, quem pode trabalhar de maneira remota ou ficar no país para a quarentena antes de ir aos Estados Unidos.


Panamá, Aruba, Belize, Curaçau, Anguilla, Bahamas… A lista só aumenta. “Nas últimas três ou quatro semanas, a maioria das viagens na região era para o México. Agora, com a retomada de voos e abertura de fronteiras, Aruba e Curaçau voltaram a ter demanda”, afirma Bruno Delfini, gerente de Produtos e Operações Internacionais da BWT Operadora.


O destino investiu numa oferta de relançamento, com a Copa Airlines, para o mercado brasileiro. “A partir de US$ 450 ida e volta, mais taxas, será possível visitar Aruba, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Brasília. A compra tem de ser até 22 de junho, mas a viagem pode ser até 31 de outubro”, diz Carlos Barbosa, representante de Aruba no Brasil. “Mais de 90% do PIB é proveniente do turismo, por isso, o destino implementou rígidos protocolos. Além disso, 65% da população está imunizada”.


Belize reforça que também é um destino seguro. “No ranking do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), está classificado com risco 1, o mais baixo”, informa o Madre Travel, escritório oficial do Turismo de Belize.


Bahamas e a pequena Anguilla, no Caribe, mantiveram sua promoção turística no Brasil durante a pandemia. “Anguilla criou o conceito de bolha, para que o visitante pudesse entrar na ilha e desfrutar de suas belezas em um ambiente limitado e controlado”, conta a porta-voz do Conselho de Turismo de Anguilla, Danielle Roman.


Os destinos estão de olho nos viajantes brasileiros e não se posicionam necessariamente como um lugar para quarentena de quem busca imunização nos Estados Unidos. Mas sabem que, pela posição geográfica, são uma opção. “A prioridade das Bahamas é a saúde e o bem-estar dos nossos cidadãos e visitantes”, diz Giovanni Grant, gerente-geral de multidestinos do Ministério de Turismo e Aviação do país. “As Bahamas, pela proximidade e oferta de voos, especialmente para a Flórida, são um destino privilegiado pelos brasileiros a caminho dos Estados Unidos”.


Atrativos


Além do mar incrivelmente claro, os destinos têm boa infraestrutura hoteleira e de serviços. México e os países da América Central costumam guardar outro ponto em comum: sítios arqueológicos, com destaque para Chichén Itzá. A antiga cidade maia, declarada patrimônio mundial pela Unesco, fica a cerca de 2h30 de Cancún.


As regiões da América Central e do Caribe podem ser acessadas do Brasil pela Copa Airlines. “A Latam está com voo direto São Paulo-Cancún na alta temporada. Vendeu superbem”, conta Delfini, da BWT.


A Aeromexico também é uma opção para a região como um todo, mas especialmente para os visitantes que queiram explorar a Cidade do México, com um stopover, ou seja, uma parada breve antes de seguir para outro destino.


“Eles estão com voos diários e ótima ocupação. É um fenômeno por conta da facilidade. São poucos os países que fazem o que o México está oferecendo”. Para entrar no país, basta preencher uma ficha de saúde.


Leonel Reyes, diretor corporativo para a América Latina da rede RCD, confirma a preferência pelo México. “Reabrimos em julho de 2020 e o número de brasileiros em 2021 está crescendo de janeiro até hoje em 20% a cada mês”. O grupo tem o maior número de quartos nos principais destinos mexicanos: 2.864.


Exigências


Na hora de escolher para onde ir, é bom estar atento às exigências. No Panamá, por exemplo, há um teste adicional na chegada - em conexões no aeroporto, não é necessário esse exame, tampouco a vacina de febre amarela, requisito para visitar o país.


Mesmo que o resultado seja negativo, o viajante tem de passar três dias de quarentena em hotel definido ou autorizado pelo governo – e depois desse período, fazer outro teste. Nas Bahamas, quem foi imunizado com Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca está isento de mostrar o PCR na entrada; Coronavac está fora da lista.


Para entrar


Anguilla - PCR-RT negativo (de 3 a 5 dias antes da chegada); US$ 300 de taxa (vacinados estão isentos e, após 1º/7, a cobrança será extinta). Acesse o site.


Aruba - Vacina de febre amarela; PCR negativo (feito de 72 a 12 horas antes); seguro-viagem; seguro de Aruba para cobrir custos de covid-19 – US$ 30 para maiores de 15 anos, US$ 10 para o restante. Acesse o site.


Bahamas - Vacina de febre amarela; visto on-line de saúde; PCR-RT (feito no máximo 5 dias antes); teste de antígeno se ficar mais de 4 noites. Acesse o site.



Belize - Vacina de febre amarela; certificado de vacinação, PCR negativo (até 96 horas antes) ou antígeno (até 48 horas); hotel aprovado pelo país. Acesse o site.



Curaçau - PCR negativo (feito até 72 horas antes do voo); teste de antígeno no terceiro dia na ilha. Acesse o site.



Panamá - Vacina de febre amarela; PCR ou antígeno (até 48 horas antes); teste molecular (US$ 85) na chegada. Acesse o site.


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