Bolsonaro repete que Lava Jato 'não funcionou' por não haver corrupção no governo

Presidente da República garante que não há corrupção na sua administração. Isso foi dito em transmissão ao vivo nas redes sociais

Por: Do Estadão Conteúdo  -  16/10/20  -  01:17
Atualizado em 16/10/20 - 01:50
O veto está publicado no Diário Oficial da União
O veto está publicado no Diário Oficial da União   Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro repetiu, em transmissão ao vivo nas redes sociais, a afirmação de que a Lava Jato "não funcionou" para o seu governo porque, segundo ele, não haveria corrupção na sua administração. Ele completou dizendo que para o Brasil a operação anticorrupção teria função e, "com toda certeza", haverá novos desdobramentos até o fim do ano.


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Na semana passada, Bolsonaro declarou, em evento no Palácio do Planalto, que a operação Lava Jato havia "acabado" porque não há corrupção em seu governo. Ontem, para apoiadores, o mandatário reforçou a fala e afirmou que daria uma "voadora no pescoço" de quem se envolvesse em casos de corrupção no seu governo.

Horas depois, veio à tona a operação de busca e apreensão que encontrou R$ 33.150,00 em espécie na cueca do então vice-líder do governo no Senado Chico Rodrigues (DEM-RR). Hoje, o parlamentar foi destituído do cargo de liderança. Agentes apreenderam em sua residência em Boa Vista (RR) outros R$ 10 mil e US$ 6 mil em um cofre.

Ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, Bolsonaro sustentou que tenta "fechar os ralos da corrupção que possam estar acontecendo". Ele alegou que não é fácil combater a corrupção porque ela está, na visão do presidente, "enraizada".

Segurança

Mendonça aproveitou para comentar o caso do traficante André do Rap, solto por decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois derrubada pelo presidente da Corte, Luiz Fux. Hoje, o plenário do Supremo referendou o ato de Fux por nove votos a um. Segundo o ministro da Justiça, o fato de que o pacote anticrime determina reanálise de prisões preventivas a cada 90 dias não significa que o preso deve ser automaticamente solto ao fim desse prazo.

Bolsonaro acrescentou que jamais colocaria, nas suas palavras, "um elemento como este" em liberdade.

Além de tentar o tempo todo se desvincular do caso envolvendo Rodrigues, o presidente também sustentou na live desta quinta-feira (15) que a investigação em curso no âmbito do STF sobre suposta tentativa de interferência dele na Polícia Federal não teria encontrado provas de que ele teria agido irregularmente. O inquérito foi aberto após acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Apesar de falar de Moro com irritação ao abordar esse caso, Bolsonaro afirmou em outro momento da transmissão que o ex-juiz federal "foi brilhante" ao coordenar a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) do Estado de São Paulo para presídios federais.


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