Procuradora agredida em Registro diz que já tinha medo do colega: 'É uma pessoa antissocial'; VÍDEO

Gabriela de Barros levou cotoveladas, chutes e socos do procurador Demetrius de Macedo na tarde de segunda (20)

Por: ATribuna.com.br  -  22/06/22  -  08:50
Gabriela Samadello Monteiro de Barros sofreu diversos ferimentos em razão das agressões
Gabriela Samadello Monteiro de Barros sofreu diversos ferimentos em razão das agressões   Foto: Reprodução

Após ser agredida por um colega de trabalho na tarde de segunda-feira (20), a procuradora-geral de Registro, no Vale do Ribeira, Gabriela Samadello de Barros, de 39 anos, revelou detalhes sobre o momento da agressão e da convivência com o agressor Demetrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, que também é procurador do município. Segundo ela, o medo de que algo acontecesse já estava presente em sua vida. No entanto, a procuradora não havia imaginado que chegaria ao ponto de uma agressão física. (veja a agressão no vídeo mais abaixo)


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Em entrevista para a TV Tribuna, afiliada Rede Globo da Baixada Santista e Vale do Ribeira, Gabriela conta que estava saindo da repartição quando Demetrius veio em sua direção e desferiu uma cotovelada contra ela. "Eu fui arremessada contra a parede e ali ele começou a bater muito em mim, com muitos golpes, socos, chutes, pontapés. Ele chutou muito o meu meu rosto. Priscila, nossa funcionária, tentou segurá-lo, mas ele a empurrou e prensou contra a porta. Eu levantei meio cambaleante, ele me desferiu mais um soco no rosto. Consegui escapar para a sala da Taís, que é nossa outra colega, procuradora".


A colega de Gabriela trancou a porta e, segundo a vítima, outras pessoas da sala ao lado, que ouviram os gritos de socorro, chegaram na sequência.


Gabriela explica que a agressão aconteceu depois que a procuradora criou uma portaria para a instalação de uma sindicância contra Demetrius. Ele já havia sido denunciado por uma funcionária da prefeitura por maus tratos, segundo a vítima.


A Polícia Militar foi chamada para o local e levou o agressor para a delegacia. Ele foi liberado após o registro do boletim de ocorrência. Ainda conforme a reportagem da TV Tribuna, o agressor teria alegado estar sofrendo assédio moral.



Convivência


A procuradora afirma que trabalha com o agressor há quase dez anos e que tiveram uma relação amigável até 2018. Porém, o comportamento de Demetrius mudou a partir de 2019, quando uma outra advogada foi nomeada procuradora geral do município.


"Era uma pessoa antissocial. Não conversava com a gente, não dava bom dia, não cumprimentava na rua e não era colaborativo. Não se integrava no trabalho e era praticamente impossível o trabalho em grupo com ele, sabe?".


Ela revela, ainda, que já sentia medo dele, antes da agressão acontecer. "Eu tinha medo sim, eu tinha medo de que fosse acontecer isso. Mas não não imaginava que fosse ser uma violência física, no máximo um bate boca, né? Uma discussão".


Gabriela vai pedir na Justiça uma medida protetiva contra o agressor e o caso é investigado pelas autoridades. "Fui exposta a minha minha dignidade, né? Como mulher fui desrespeitada como servidora pública... Enfim, foi um um desrespeito global a minha personalidade como como mulher".


A TV TVribuna tentou contato com Demetrius Oliveira de Macedo mas ele não foi encontrado. Por meio de nota a prefeitura de registro manifestou mais absoluto repúdio aos brutais atos de violência feitos pelo procurador contra a servidora municipal. Disse também que está tomando as providências necessárias e já determinou que o agressor seja suspenso. Informou ainda que os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo o apoio necessário inclusive o acompanhamento psicológico.


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