Menina estuprada por pai de amigas em São Vicente tentou suicídio, diz mãe

Jovem de 14 anos foi vítima de um estupro combinado entre os pais de suas melhores amigas. Mulher foi solta e marido teve prisão preventiva decretada

Por: De A Tribuna On-line  -  27/09/19  -  15:07
Atualizado em 28/09/23 - 15:05
Marcílio teve prisão preventiva decretada, e Luciana teve liberdade provisória concedida
Marcílio teve prisão preventiva decretada, e Luciana teve liberdade provisória concedida   Foto: Reprodução

A mãe da adolescente de 14 anos que foi dopada e estuprada por um casal em São Vicente contou, em entrevista ao G1, que a filha tentou se matar após o crime. Para a mãe, o ocorrido foi totalmente inesperado e chocante, já que ela conhecia a família das amigas de sua filha há anos.


Na última terça-feira (24), a vítima havia pernoitado na casa das amigas após passarem o dia juntas. Luciana e Marcílio são suspeitos de terem planejado dopar a menor, estuprar e filmar o ato. Segundo depoimento da jovem à polícia, Luciana ofereceu um refrigerante antes da garota perder os sentidos. Quando acordou, estava nua na cama do casal, que confessou o crime.


A mãe da vítima diz que não culpa as filhas do casal. “São dois monstros. Agora elas falam que a vida delas acabou e me pediram perdão, mas elas não têm culpa disso”.


Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou que em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (25), a prisão em flagrante de Marcílio Maximino Pereira foi convertida em prisão preventiva.


Além disso, foi concedida a liberdade provisória à Luciana Cristina de Jesus, com as medidas cautelares: comparecimento periódico em juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades; proibição de manter contato com a vítima e seus familiares; proibição de ausentar-se da Comarca ou mudar de domicílio sem autorização do juízo; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.


Entenda o caso


O abuso sexual aconteceu na residência do casal, na tarde de terça-feira (24). A vítima havia pernoitado na moradia das amigas, da mesma faixa etária.


Após denúncia, PMs viram o carro do porteiro trafegando pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. O veículo do casal é um Gol, que foi interceptado na praça de pedágio do Humaitá, na pista sentido Rodovia dos Imigrantes. O agressor admitiu aos PMs ter dopado a garota com clonazepam, remédio de uso controlado que foi ministrado à vítima pela esposa do porteiro.Quando as amigas foram para a escola, a vítima tomou um refrigerante oferecido por Luciana. De acordo com a garota, o gosto da bebida era estranho, e ela começou a perder os sentidos. Quando recobrou a consciência, estava nua e na cama do casal.


Nos arquivos de um aplicativo de mensagens instalados no aparelho, estão registrados diálogos entre o casal. As conversas revelam o plano do casal para drogar a vítima e abusá-la sexualmente.


Logo A Tribuna
Newsletter