Influenciadora digital de Praia Grande é acusada de agredir violentamente a filha: 'Pedi socorro'

A vítima levou socos, joelhadas, teve o cabelo cortado e uma unha de um dedo da mão arrancada pela própria mãe

Por: ATribuna.com.br  -  19/11/23  -  10:35
Laryssa Castro, de 21 anos, conta que agressões foram iniciadas após discussão por produtos de limpeza
Laryssa Castro, de 21 anos, conta que agressões foram iniciadas após discussão por produtos de limpeza   Foto: Arquivo Pessoal

Uma vendedora e influenciadora digital de 41 anos, moradora de Praia Grande e que está grávida, é acusada por ter agredido violentamente a filha, a atendente Laryssa Castro, de 21 anos. A violência aconteceu na casa da família, que fica no bairro da Guilhermina, na última sexta-feira (16), após a vítima chegar em casa do trabalho e dar falta de produtos de limpeza que havia comprado, os quais seriam usados para a limpeza de seu quarto.


À Reportagem, Laryssa contou que outra agressão da mãe, que aconteceu há cerca de duas semanas, teria intensificado a crise no relacionamento entre elas, de forma que as duas pararam de se falar. “A gente não estava se falando, então tudo o que ela comprava, seja produto de limpeza, beleza ou comida eu não poderia usar, senão ela brigava comigo”, relata.


Ao chegar em casa do trabalho na última sexta (16) e dar falta dos produtos que usaria na faxina, a atendente questionou a mãe, que, a princípio, negou tê-los pegado, mas, na sequência, confrontou a filha. “ Ela falou: ‘se você quer que ninguém use suas coisas, você pega e sai de casa'”, afirma a vítima.


A partir daí, a vendedora teria começado a jogar pertences da filha dentro de um saco de lixo. Com o tumulto, a cadela de estimação da atendente, uma shih-tzu de apenas 4 meses, avançou contra a mulher, que a chutou. A atendente conta que, quando foi resgatar o animal, sentiu um soco da mãe.


“Começou a me dar muitos socos no rosto, na cabeça, me arranhar, tentou quebrar minha mão”, conta, acrescentando que a mãe também virou uma unha de um dedo de sua mão, de modo que a jovem a perdesse. “Ela mordeu minha mão, cortou e arrancou meu cabelo e me deu joelhadas na cabeça. Meu rosto está muito feio, completamente deformado e inchado”.


A violência só cessou quando o pai de Laryssa, ex-companheiro da agressora, chegou à casa após ter sido chamado pela irmã mais nova da atendente, de 12 anos de idade. “Pedi socorro para a minha irmã para ligar (para o pai), gravar e para falar com alguém para me tirar de lá, porque ela não parou de me bater. Ela me bateu durante uns 15 minutos”.


Ao ser resgatada pelo pai, Laryssa foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Quietude e, em seguida, à delegacia de polícia, onde o caso foi registrado como lesão corporal e violência doméstica na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.


Segundo a atendente, a influenciadora tem um histórico de agressão contra ela e suas duas irmãs mais novas, uma de 12 e a outra de 17 anos de idade.“Nesses meus 21 anos, já sofri muita agressão dela”, revela Laryssa. “Nesses momentos eu fico em choque, não tenho reação de me defender. Só fico pensando no porquê de eu estar apanhando”.


À Polícia Civil, conforme o boletim de ocorrência registrado, Laryssa disse que, em outra ocasião, teve fissuras no osso da face após ser agredida pela mãe. Este caso teria feito com que a vendedora perdesse a guarda da filha, que, na época, foi morar com a avó materna.



A irmã do meio de Laryssa, de 17 anos, conforme relatado pela vítima, também vive com a avó após a mãe ter perdido a guarda da filha na justiça. A vendedora, contudo, ainda tem a guarda da filha mais nova, a qual também sofre com as agressões, segundo Laryssa.



“Foi um dos motivos de eu voltar a morar com ela. Minha irmã implorava, pedia pelo amor de Deus para eu ficar com ela, se queixava de ansiedade e depressão por causa da mãe”, conta Laryssa, dizendo que a mãe, além das agressões físicas, as agredia verbalmente, causando danos psicológicos.


“Ninguém vai tirar a dor que eu estou sentindo, porque ela não machucou só meu físico, ela machucou também minha alma. Não consigo olhar no espelho sem chorar, tenho vergonha de andar na rua desse jeito. Ninguém imagina que foi uma mãe que fez isso. É horrível”, desabafa.


Acusada é influenciadora digital

Nas redes sociais, ela se autodenomina “tiktoker”. No TikTok, ela possui um perfil com mais de 22 mil seguidores, onde posta conteúdos curtos falando sobre relacionamentos. Em um dos vídeos, é possível vê-la com a filha mais nova, chamada de “minha melhor companhia” na descrição.


Acusada posta vídeos curtos sobre relacionamento no TikTok, onde tem mais de 22 mil seguidores 116 mil curtidas
Acusada posta vídeos curtos sobre relacionamento no TikTok, onde tem mais de 22 mil seguidores 116 mil curtidas   Foto: Reprodução

A Tribuna procurou a vendedora e influenciadora digital para ouvir sua versão da história. No entanto, a Reportagem não obteve retorno.


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