Homem é preso após espancar vizinho em São Vicente

Vítima, de 59 anos, foi internada no Hospital Municipal da cidade e veio a falecer pouco depois

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  17/01/19  -  19:35
Idoso chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu
Idoso chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu   Foto: Irandy Ribas/AT

Suspeito de agredir um vizinho, causando a sua morte, um ajudante de pintor, de 32 anos, foi preso. O crime aconteceu na habitação coletiva onde ambos residiam, no Centro de São Vicente, e foi motivado pela recusa da vítima em dar dinheiro para o suspeito comprar entorpecentes.


João Ferreira Diniz, de 59 anos, deu entrada no Hospital Municipal de São Vicente no último sábado (12), e logo morreu. Policiais militares foram à unidade de saúde e conversaram com a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu a vítima na casa de cômodos da Rua Frei Gaspar.


Os socorristas informaram que João apresentava sinais de violência, sendo depois registrado boletim de ocorrência, de autoria desconhecida, para apurar as circunstâncias da morte.


Sob o comando do delegado Marcos Alexandre Alfino e do investigador Sérgio Douglas Bento, do 1º Distrito Policial de São Vicente, os policiais Diego Cerri e Jairo Perroti identificaram três testemunhas. Os depoimentos delas incriminam o ajudante de pintor.


Uma das pessoas ouvidas declarou que o suspeito usa drogas, é agressivo com todos da habitação coletiva e discutiu com a vítima um dia antes de ela morrer.


A segunda testemunha disse ter presenciado o rapaz agredindo João com chutes e socos na própria data do crime, porque a vítima se recusava a lhe dar dinheiro.


A terceira pessoa contou aos investigadores que viu João ferido após a agressão, antes de ele passar mal e ser levado ao hospital. Segundo esta testemunha, a vítima declarou que o suspeito a espancou porque ela não lhe deu dinheiro.


Com base nos depoimentos, o delegado Alfino requereu à Justiça a prisão temporária de 30 dias do suspeito. O juiz Alexandre Torres de Aguiar acolheu o pedido, e ele foi capturado segunda-feira (14).


“O indiciado não confessou o crime, mas também não negou. Disse que só irá se manifestar em juízo”, afirmou o investigador Sérgio Douglas.


Por se tratar o homicídio qualificado de crime hediondo, a temporária poderá ser prorrogada mais uma vez, por 30 dias, se houver necessidade às investigações. Ao fim do inquérito, Alfino pedirá a preventiva.


Exame necroscópico realizado no Instituto Médico-Legal (IML) de Santos revelou que a vítima sofreu lesões pulmonar e cardíaca, múltiplas fraturas e afundamento de tórax produzidos por “agente contundente”, que pode ser interpretado como os socos e chutes desferidos pelo ajudante de pintor.


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