Uma cozinheira de 43 anos, moradora no Humaitá, na Área Continental de São Vicente, é suspeita de receptar parte de um carregamento de 11,1 toneladas de carne bovina furtado de vagões de um trem da empresa Rumo Logística, em Cubatão.
O furto ocorreu na madrugada de 20 novembro. O trem estava parado na linha férrea paralela à Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, na Vila Esperança. Dois contêineres frigoríficos transportados pela composição foram arrombados, sendo furtadas 370 caixas com carne.
Avaliada em R$ 88.024,00, a carne veio de Várzea Grande, no Mato Grosso, e seria exportada pelo Porto de Santos. Investigando o furto da carga, policiais da Delegacia de Cubatão chegaram na residência da cozinheira e lá recuperaram 163 quilos da mercadoria.
A mulher alegou que foi coagida por cinco homens desconhecidos e armados a estocar o produto em sua moradia. Eles a chamaram na frente da casa e teriam ameaçado matar a cozinheira e os filhos dela se não fossem atendidos.
Ainda conforme a versão da suspeita, os desconhecidos não lhe ofereceram qualquer quantia para guardar a carne e ficaram de buscar posteriormente o produto. Porém, a equipe do delegado Jorge Álvaro Gonçalves Cruz e do investigador Marcelo Mendes recuperou a mercadoria antes.
Com reserva
Os homens que teriam ameaçado a cozinheira ainda não foram identificados. A história relatada pela mulher é aceita com reserva, porque os policiais retornaram dias depois na casa dela e acharam mais 200 quilos do lote de carne furtado do trem da Rumo.
De acordo com Mendes, o retorno à residência da cozinheira foi motivado por nova informação de que ali havia sido guardada mais carne furtada. A suspeita não se encontrava no imóvel na segunda ocasião, livrando-se de provável prisão em flagrante pelo crime de receptação.