O promotor Lincoln Gakiya afirmou que o PCC é a maior facção do Brasil e da América do Sul, com cerca de 40 mil integrantes. Segundo ele, a Baixada Santista é muito importante para a facção, pois é do Porto de Santos que sai a maioria da cocaína traficada para a Europa.
O diretor do Deic, Fábio Caipira, reiterou que o PCC cresceu na Baixada Santista por causa do Porto de Santos. “Eles (os traficantes) viram que fazer o tráfico internacional de drogas é mais rentável do que o tráfico no varejo dentro das comunidades. Eu acho que isso fez com que eles procurassem a Baixada.”
“No caso do André do Rap, mesmo foragido há mais de 600 dias, é um dos mais importantes integrantes do PCC, até porque os demais acabaram sendo presos. Um pequeno traficante, na região de Guarujá, (que) se tornou um dos mais poderosos narcotraficantes do País e da América do Sul.”
O esquema de tráfico que envolvia André do Rap foi descoberto em 2013 e considerado um dos maiores esquemas de remessa de cocaína do Brasil ao exterior pelo porto santista.
Investigações da Polícia Federal resultaram nas apreensões de 3,7 toneladas da droga, no Brasil e no exterior, entre janeiro de 2013 e março de 2014. Também foi apurado o vínculo do PCC com a máfia italiana ‘Ndrangheta.
O Ministério Público Federal ajuizou ações penais para cada uma das apreensões, que denominou de “eventos”. O traficante estava envolvido em dois deles.
Em um, chamado de evento número 2, houve a interceptação de 84 quilos de cocaína, em 23 de agosto de 2013. A droga seria despachada no navio MSC Vigo para o porto espanhol de Valência.
No outro, chamado evento número 13, foram apreendidos, em 17 de dezembro de 2013, 145 quilos de cocaína que seriam levados no navio MSC Athos ao Porto de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, Espanha.
* Com informações de Rodrigo Nardelli/TV Tribuna