Com um histórico de violência doméstica, um homem de 44 anos matou a sua mulher com um tiro, às 2h30 de sexta-feira (4), em Praia Grande. Após confessar o assassinato, ele foi preso. O crime aconteceu na residência do casal, na Rua Roberto Santos, na Vila Sônia. Baleada na barriga, a mulher de 39 anos chegou a ser levada ao Hospital Irmã Dulce, mas faleceu momentos após dar entrada.
O autor do crime utilizou o seu Toyota Etios para socorrer a esposa. Informados de que uma mulher dera entrada ferida a tiro no Irmã Dulce, policiais militares se dirigiram ao local e encontraram o marceneiro dentro do carro em frente ao hospital. O acusado disse aos PMs que ingeriu bebida alcoólica, discutiu com a mulher e atirou nela. Os policiais foram à moradia do marceneiro e apreenderam o revólver Rossi calibre 38 usado no homicídio.
Com quatro balas intactas e uma deflagrada, a arma estava no guarda-roupa. O local onde se encontrava o revólver foi indicado pelo próprio marceneiro, conduzido em seguida à Delegacia de Praia Grande.
O delegado Ricardo Valentim Fernandes autuou o homem em flagrante por homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo feminicídio (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino). O crime é hediondo e a sua pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.
Na moradia estava o único filho do casal, de 8 anos. O menino não presenciou o crime, porque dormia. Ele ficou provisoriamente abrigado na residência de um vizinho. O Conselho Tutelar foi acionado para prestar a assistência devida à criança.
A Tribuna apurou que a esposa registrou dois boletins de ocorrência contra o marido, com quem estava casada há 18 anos. O primeiro foi em janeiro de 2016, quando ela acusou o marido de agredi-la com socos e ameaçá-la de morte.
Mais recentemente, no último dia 10 de outubro, a vítima afirmou que o marido novamente a agrediu, ofendendo-a e prometendo matá-la se o denunciasse. Nesta ocasião, a mulher acrescentou que José é agressivo e usuário de álcool e cocaína.