Agentes impedem rebelião em penitenciária e apreendem 'pacotes voadores' no litoral de SP

Segundo a polícia, pessoas que estavam do lado de fora da CPP arremessaram pacotes ilícitos no local

Por: ATribuna.com.br  -  25/07/23  -  19:33
Atualizado em 25/07/23 - 20:21
Fatos ocorreram no CPP de Mongaguá. PM foi acionada
Fatos ocorreram no CPP de Mongaguá. PM foi acionada   Foto: Divulgação/SIFUSPESP

Agentes do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, no litoral de São Paulo, impediram um motim e a entrada de produtos ilícitos na unidade na manhã desta terça-feira (25). A Polícia Militar (PM) também foi acionada.


De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), por volta das 8h enquanto os presos tomavam banho de sol, um deles teria tentado escalar o alambrado, mas foi avistado por um agente que acionou no alarme.


Neste momento, do lado de fora do CPP, três pessoas que estavam escondidos em uma área de mata começaram a arremessar diversos pacotes para dentro da unidade prisional.


Quando os agentes foram pegar esses pacotes, os reeducandos foram para cima deles, atirando pedras. Alguns detentos conseguiram pular o alambrado para chegar até onde os pacotes haviam caído e começou uma rebelião no pavilhão par da CPP.


Na correria, um agente chegou a machucar a perna ao pisar em falso em um buraco. Algumas viaturas também foram danificadas por causa das pedras que foram arremessadas. Foi necessário o uso de balas de borracha para conter os presos e trancar o pavilhão onde estavam, evitando o acesso a outros pontos da penitenciária.


A ação durou pouco mais de uma hora, até que as 9h15, após uma negociação, os presos voltaram para suas celas e devolveram os pacotes que tinham sido arremessados para dentro da unidade prisional.


Inicialmente, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) disse que não se tratava de uma rebelião. A pasta disse apenas que os policiais penais do CPP impediram que os produtos fossem arremessados, e que a unidade "opera dentro dos padrões de segurança e disciplina".


A Reportagem questionou quantos pacotes e quais objetos ilícitos foram arremessados, se eles eram endereçados a algum detento em específico e se a unidade vai tomar providências, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.


Ainda de acordo com a polícia, foram realizadas buscas nas proximidades do presídio, mas nenhum suspeito foi encontrado. A perícia foi acionada para o local e o caso, registrado no 2° DP de Mongaguá.


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