Agentes do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, no litoral de São Paulo, impediram um motim e a entrada de produtos ilícitos na unidade na manhã desta terça-feira (25). A Polícia Militar (PM) também foi acionada.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), por volta das 8h enquanto os presos tomavam banho de sol, um deles teria tentado escalar o alambrado, mas foi avistado por um agente que acionou no alarme.
Neste momento, do lado de fora do CPP, três pessoas que estavam escondidos em uma área de mata começaram a arremessar diversos pacotes para dentro da unidade prisional.
Quando os agentes foram pegar esses pacotes, os reeducandos foram para cima deles, atirando pedras. Alguns detentos conseguiram pular o alambrado para chegar até onde os pacotes haviam caído e começou uma rebelião no pavilhão par da CPP.
Na correria, um agente chegou a machucar a perna ao pisar em falso em um buraco. Algumas viaturas também foram danificadas por causa das pedras que foram arremessadas. Foi necessário o uso de balas de borracha para conter os presos e trancar o pavilhão onde estavam, evitando o acesso a outros pontos da penitenciária.
A ação durou pouco mais de uma hora, até que as 9h15, após uma negociação, os presos voltaram para suas celas e devolveram os pacotes que tinham sido arremessados para dentro da unidade prisional.
Inicialmente, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP) disse que não se tratava de uma rebelião. A pasta disse apenas que os policiais penais do CPP impediram que os produtos fossem arremessados, e que a unidade "opera dentro dos padrões de segurança e disciplina".
A Reportagem questionou quantos pacotes e quais objetos ilícitos foram arremessados, se eles eram endereçados a algum detento em específico e se a unidade vai tomar providências, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Ainda de acordo com a polícia, foram realizadas buscas nas proximidades do presídio, mas nenhum suspeito foi encontrado. A perícia foi acionada para o local e o caso, registrado no 2° DP de Mongaguá.