Bar do Torto: A música no DNA santista durante três décadas de sucesso

No Canal 4, local serviu de palco para diversos músicos até o fechamento, em 2017

Por: Daniel Gois  -  01/10/20  -  15:31
  Foto: Divulgação

Por 33 anos, o Bar do Torto foi um dos pontos de entretenimento em Santos. Localizado na Avenida Siqueira Campos, no Canal 4, o local sempre teve a música como diferencial e marcou época até o ano do fechamento, em setembro de 2017.


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Nem o fundador do bar, o músico Julinho Bittencourt, esperava que o Torto atingisse tanto sucesso. A inauguração aconteceu em 23 de agosto de 1984. Ele recorda a “explosão” de pessoas no primeiro dia, mas também as dificuldades para lidar com o estabelecimento, que antes abrigava uma imobiliária. 


“Abrimos sem recursos, não tinha exaustor, ventiladores. No verão, quando dava enchente, chegou a ter um metro de água dentro do bar”, conta Julinho, que esteve na administração do bar por 18 anos. 


Uma das características era a proximidade do público quanto ao palco, que recebeu diversos músicos da região em mais de três décadas. A banda de Julinho foi a primeira a tocar no local e, mesmo após deixar a administração, ele não ficou distante do Torto.


Bar do Torto foi palco para músicos e entretenimento por mais de três décadas em Santos
Bar do Torto foi palco para músicos e entretenimento por mais de três décadas em Santos   Foto: Divulgação

“Continuou sendo minha casa. Não era mais dono, não tinha mais obrigações. Continuei tocando até fechar. Toquei no último dia. Sempre com muito afeto pelo lugar. Até hoje sinto falta e orgulho”, destaca. 


O músico Roger Siedi foi convidado a tocar no Torto em 2002. Ele, que é vocalista da banda Carlos Bronson, chegou a se apresentar para centenas de pessoas no local. “Lá foi nossa verdadeira escola. Era um clube, onde todo mundo sabia que ia se encontrar e ouvir música de qualidade. A gente ia tocar feliz”, recorda. 


Aos 18 anos, Conrado Pouza passou a fazer parte do público que frequentava o Bar do Torto. Na época, ele trabalhava como garçom em uma pizzaria, onde conheceu Julinho Bittencourt. Após substituir um músico no local de trabalho, ele foi convidado a abrir um show da Carlos Bronson no Torto. 


“O Torto sempre foi uma vitrine para os músicos em Santos”, afirma Conrado. “Topei na hora. A qualidade musical do Torto sempre foi inquestionável. Se você chegasse lá, não tinha mais para onde ir em Santos”, finaliza.


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