A época de festas de fim de ano é marcada pela maior oferta de vagas de empregos temporários. Na Baixada Santista, a expectativa de aumento no número de vagas varia entre 10% e 15% em comparação ao mesmo período no ano passado.
Com o aumento da circulação de clientes e demanda de determinados setores, lojas de todos os segmentos, especialmente to setor varejista, costumam aumentar as contratações nos últimos meses do ano.
A economista Karla Andreia Simionato avalia a situação com otimismo, e explica que a tendência é nacional. “A gente tem uma expectativa de uma geração de emprego maior em 2019 por conta de como a economia nacional está evoluindo”, considera.
No fim do ano, o brasileiro tende a gastar mais por conta das festividades, e um dos fatores que contribui diretamente para isto é o recebimento da segunda parcela do 13º salário entre os meses de novembro e dezembro. “O aumento do poder aquisitivo do brasileiro nesta época faz com que ele possa gastar mais”.
Em virtude disso, a economista ressalta que a demanda por mais funcionários trabalhando nas lojas do comércio varejista também aumenta, a fim de atender a todos os clientes. As chances de efetivação destes funcionários costuma ser boa, ainda segundo a especialista. “As lojas contratam mais pessoas nessa época e, claro, aquelas que têm um desempenho melhor acabam sendo efetivadas. Isso a gente observa ao longo dos anos”.
O crescimento sazonal é esperado todos os anos, mas o ideal para verificar se realmente houve impacto positivo na economia é observar o período entre janeiro e fevereiro, época considerada ‘normal’, sem interferência da sazonalidade.
“Independentemente da situação das famílias e de como estejam os gastos delas nesse período, se esses gastos aumentam, isso vai gerar mais empregos pelo menos para o período. Para consolidação, é preciso esperar meados de janeiro e fevereiro. A sazonalidade é menor e os gastos das famílias são bem menores, são só para alguns setores bem específicos”, finaliza.
Dados do Caged indicam baixa nos empregos formais
No âmbito nacional, houve a criação de 408 mil vagas de trabalho com carteira assinada só no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar do resultado ser o melhor desde 2014, a alta ainda não é suficiente para suprir a demanda criada pelo número de desempregados no país.