Contribuintes podem ajudar entidades beneficentes com doações do Imposto de Renda

Interessados podem ajudar instituições municipais, estaduais ou nacionais, mas precisam escolher grupo

Por: Diogo Menezes  -  28/03/24  -  20:19
Contribuintes têm até o dia 31 de maio para fazer a Declaração do Imposto de Renda
Contribuintes têm até o dia 31 de maio para fazer a Declaração do Imposto de Renda   Foto: Reprodução

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Os contribuintes interessados em apoiar entidades beneficentes municipais, estaduais ou nacionais com a doação de parte do Imposto de Renda (IR) têm até 31 de maio para isso. Entretanto, para saber se uma instituição poderá receber o recurso, é preciso identificar se ela faz parte do Grupo Gestor do Fundo Municipal.


Para colaborar, pessoas físicas devem escolher um fundo destinado à criança e ao adolescente ou à pessoa idosa, além das opções de cultura, desportiva ou audiovisual. De acordo com a Receita Federal, a destinação de parte da restituição do IR ajuda no incentivo de projetos sociais e culturais, estimulando a proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade.


Cada cidadão pode destinar até 6% do chamado imposto devido, que pode ser destinado em até 3% para cada fundo. Esse valor é baseado na renda do contribuinte.


Quem recebe salários, aluguéis e outros tipos de renda quita parte do tributo mensalmente, pago na forma de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ou na própria declaração, com a entrega da declaração da IR de Pessoa Física. Porém, quando a soma do IRRF não cobre o imposto devido, é preciso pagar um valor adicional. Quando ocorre o contrário, ele recebe restituição.


Para destinar o valor a um fundo, o contribuinte pode doá-lo e lançá-lo como dedução no próximo IR ou por meio da própria declaração. Quanto ao valor doado, é recebido pela Receita Federal, repassado ao conselho municipal e, por fim, às entidades.


Caso haja interesse em beneficiar uma entidade específica, o contribuinte deve pedir uma declaração ao Conselho Municipal da Criança e Adolescente, por exemplo, informando o valor a ser declarado à instituição. Com esse documento, o dinheiro ficará condicionado àquela associação.


Em Guarujá, Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral (CRPI) está entre aptos a receber verba
Em Guarujá, Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral (CRPI) está entre aptos a receber verba   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

Regras
Conforme a contadora Sueli Bueno, “nem todas as instituições da Baixada Santista têm reconhecimento de projetos credenciados ao Fundo Municipal. (...) Se ela não possui projetos, a doação não será destinada diretamente a ela, mas distribuída a diversas outras. Dessa forma, independente de quem receba, todos saem ganhando da mesma forma”.


Um exemplo de entidade apta a receber parte do IR de contribuintes é o Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral (CRPI) de Guarujá, que atua há 60 anos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição tem cerca de 50 profissionais, como médicos, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.


“Nós temos toda certificação, regularizações fiscais, tributárias e dos conselhos de acompanhamento do Município. Então, estamos com toda nossa documentação em ordem. Por isso, somos uma das entidades aptas a receber esse tipo de recurso quando a pessoa física o destina ao Fundo Municipal em Guarujá”, explica o presidente do CRPI, Reginaldo Pacheco.


Hoje, o centro atende cerca de 300 crianças e adolescentes de até 17 anos e 15 adultos vinculados à instituição em uma área de convivência. São pacientes com deficiências motora e cognitiva que precisam de atendimento especializado.


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