Acompanhe a cobertura e a transmissão do segundo dia de desfiles do Carnaval de Santos

A Tribuna e a TV Tribuna trazem para você os detalhes da folia

Por: Izabelly Fernandes  -  03/02/24  -  20:48
Atualizado em 04/02/24 - 05:56

A segunda noite de desfiles do Carnaval Santos 2024 continuou neste sábado (3), invadindo a madrugada de domingo (4). Entraram na avenida três escolas do Grupo de Acesso e outras cinco do Grupo Especial. Confira agora tudo o que rola na Passarela Dráuzio da Cruz, no bairro Castelo, na Zona Noroeste.


A Corte Carnavalesca passou pela avenida para fazer a abertura oficial do segundo dia de desfiles. Às 20h, teve início as apresentações das escolas do Grupo de Acesso. Mais tarde, por volta das 23h15, entraram em cena as agremiações do Grupo Especial.


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GRUPO DE ACESSO


Imperatriz Alvinegra


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

A primeira escola a desfilar na Passarela Dráuzio da Cruz, na segunda noite de desfiles, foi a Imperatriz Alvinegra. Com o enredo "A Epopeia Gloriosa de uma Escola Pioneira", a agremiação prestou um tributo à coirmã X9, que completa 80 anos em 2024. O tema foi desenvolvido a partir de um argumento assinado de próprio punho pelo Marechal do Samba, J. Muniz Jr., à pedido da escola.


Com 800 componentes, 12 alas e três carros alegóricos, a Imperatriz Alvinegra trouxe as origens, as grandes vitórias, os baluartes e toda a contribuição da homenageada história e vanguarda do Carnaval de Santos e do País. Interpretado por Lello Garoto, o samba-enredo foi criado pelos compositores Sandro Simões, Márcio França, Edirley Fernandes, Rogério Ximú, Rodrigo Correia, Ademarzinho do Cavaco e Toninho 44.


A escola foi criada no dia 14 de março de 2003, no bairro Parque São Vicente, em São Vicente. A agremiação já foi campeã do Grupo 1 em 2019, e vice-campeã em 2020, subindo para o Grupo de Acesso.


Império da Vila


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

A Império da Vila trouxe para a Passarela do Samba o enredo "Os Imigrantes no Vale da Vida, Cubatão, uma Nova História", que falou sobre a migração dos nordestinos para a cidade de Cubatão na década de 1970. Com 700 componentes, 11 alas e três carros alegóricos, a narrativa da escola abordou a chegada dos primeiros trabalhadores, passando pela formação das famílias e sua relação com o progresso e a revitalização ambiental. Por fim, a escola celebra a integração da comunidade às festas e conquistas que trazem tanto orgulho ao povo cubatense.


A composição do samba-enredo da agremiação foi de Anderson Hulk, Silvinho, Renato Jr., E.R Abelha, Maicon Batatinha, Robinho, Dukinha da Ladeira, Betinho, Jorge Professor, Beto Habilidade e Bimba. Já a interpretação ficou por conta de Makumbinha que, com "a pegada do Tigre Guerreiro", cantou na avenida sobre a festa do nordeste e a história de amor com seu povo.


A escola foi criada na Vila Nova, em Santos, no dia 12 de junho de 2010. E começou bem, porque no mesmo ano a Império da Vila foi vice-campeã do Grupo Especial.


Dragões do Castelo


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

O saudoso sambista Daniel Dias do Nascimento, mais conhecido como Daniel Feijoada, foi homenageado na Passarela do Samba pela Dragões do Castelo. A escola foi a última do Grupo de Acesso a desfilar. Com o enredo "O Maioral do Samba - Daniel Feijoada", a Dragões do Castelo destacou um dos sambistas mais valorizados do carnaval santista, que foi baliza, passista, batuqueiro, porta-estandarte, compositor e partideiro. Daniel Feijoada começou na extinta Novo Horizonte e, depois, foi consagrado na "Campeoníssima" Brasil.


Com o samba-enredo interpretado por Márcio França, a escola trouxe toda a nostalgia de Daniel para o púbico. A canção foi composta por Sandro Simões, Rogério Ximú, Márcio França, Rodrigo Correia, Xuxu do Cavaco e Toninho 44. Familiares de Feijoada, como netas e a bisneta, que acompanharam e participaram do desfile, ficaram emocionadas. Para compor a história do sambista, a agremiação se apresentou com 700 componentes, 11 alas e dois carros alegóricos.


Em 3 de julho de 2010, a Dragões do Castelo nasceu no Jardim Castelo em Santos. Em seu histórico, a escola conquistou o vice-campeonato do Grupo de Acesso no ano de 2014.


GRUPO ESPECIAL


Independência


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Inspirado das riquezas nordestinas, a escola de samba Independência apresentou na Passarela do Samba o enredo "Festança no Mangangá - Em uma noite de folia, é o forró que contagia!". A agremiação vermelho, branco e dourado se transformou em um imenso colorido que contagiou a avenida, destacando uma das canções nordestinas mais marcantes, a Feira de Mangaio, de Sivuca e Glorinha Gadelha, eternizada na voz da cantora Clara Nunes.


Numa noite de muita folia, o presidente Severino Tatal, falou sobre o sentimento de ver o trabalho de um ano todo sendo colocado na passarela. “É um sentimento de dever cumprido. Nos preparamos muito para este momento. Nosso objetivo nesta noite foi fazer tudo que foi projetado e, se Deus quiser, se sagrar campeã”, afirmou.


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

Com 1500 componentes, 14 alas e três carros alegóricos, a escola entrou na passarela com o samba-enredo interpretado por Fernandinho SP, que animou o público e cantou junto durante todo o desfile. A canção, que misturou samba, forró, xaxado e baião, falou dos costumes que fazem do nordestino um povo alegre, travesso, arretado e merecedor de todas as homenagens. A composição foi fruto da criação de Hermes Sobral, Osvaldo da Areia, Edson Daffé, Pablo Gonzaga, Toninho 44, Sandro Simões, Christian Santos e Caraúba.


A Independência foi fundada em 17 de junho de 2008, no Jardim Casqueiro, em Cubatão, e desde então já foi três vezes campeã do Grupo de Acesso, nos anos de 2010, 2015 e 2018, ainda como Mocidade Dependente do Samba.


Unidos dos Morros


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

As lendas e a vocação mística de Peruíbe estiveram presentes na Passarela do Samba com o enredo “Lá em Peruíbe, Reza A Lenda Que…” da escola Unidos dos Morros. A narrativa explorou as tradições da cultura indígena, ruínas que se revelam em meio às belas paisagens, seres fantásticos, lama com poderes medicinais, tesouros e até discos voadores. Tudo em meio a fantasias e ornamentos que encantaram o público.


“O nosso coração está a mil e hoje a gente tinha que ir pra cima, pois o nosso objetivo é o tricampeonato. Trabalhamos firmes e fortes, fizemos um trabalho maravilhoso e tenho certeza que vamos arrebentar”, declarou o presidente da escola, Fábio Marques. A agremiação levou a melhor nos últimos dois desfiles e, com a apresentação deste domingo (4), fez de tudo para permanecer no topo mais uma vez.


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

A escola entrou na passarela com 1100 componentes, 12 alas e três carros alegóricos, com destaque para o abre-alas que trouxe uma serpente com efeitos especiais de fumaça. O samba-enredo foi interpretado por Thiaguinho e criado pelos compositores Nikinha, Fábio Alemão, Cabelo, Celso Tom Maior e Márcio Pessi. Com bandeiras da escola ao alto, o publico cantou junto e aplaudiu de pé a passagem da escola pela passarela.


A escola foi criada no bairro Morro da Nova Cintra, em Santos, no dia 28 de janeiro de 1978. A Unidos dos Morros já foi quatro vezes campeã do Grupo Especial, em 2014, 2016, 2020 e 2023, e duas vezes do Grupo de Acesso, em 1982 e 1992.


Mocidade Amazonense


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Assim como dizia o samba-enredo, “Padre Ciço abençoou e o povo aplaudiu" a Mocidade Amazonense trouxe para a Passarela do Samba um dia que nunca existiu: o casamento entre os cangaceiros Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita. Com o enredo “Um Dia Pra Lá de Arretado!” a agremiação contou com detalhes os preparativos, a cerimônia e a festa que sucedeu à entrega das alianças, trazendo também para a história personagens marcantes do Nordeste brasileiro, como o Padre Cícero e Mestre Vitalino.


O presidente Leonardo Teixeira, mais conhecido como Dinho, afirmou que além de fazer um bom desfile, a missão era levar muito amor para o público. “Hoje foi o nosso dia. Fizemos tudo com muita garra e determinação para conquistar o caneco neste ano. Mais do que isso, nossa missão era levar amor, pois esse foi o nosso principal ingrediente”, avaliou.


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Numa noite pra lá de arretada, a escola entrou na passarela com 1100 componentes, 13 alas e três carros alegóricos. A composição do samba-enredo ficou por conta de Lello Garoto, Ademir Poeta, Caraúba, Fernando Negrão, Gustavo Santos, Joãozinho Oliveira, Edirley Fernandes, Lúcio Nunes e Toninho 44, enquanto a interpretação foi de Freddy Vianna e Ricardo Jacaré.


A agremiação verde e branco foi criada em 25 de dezembro de 1972, no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. Em 1992 e 2009, a Mocidade Amazonense foi campeã do Grupo Especial. Já no ano de 1977, foi a campeão do Grupo de Acesso.


Sangue Jovem


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Com o enredo “A Esperança na Fé Que Move Montanhas… A Sangue Jovem Vai Na Fé!” a escola Sangue Jovem trouxe para a Passarela do Samba a fé como um símbolo da verdade, da confiança e da devoção. A missão da agremiação nesta foi de explorar o tema em suas diversas manifestações e mobilizar seus componentes para mover montanhas, superar o impossível e realizar a missão de conquistar o público e triunfar no desfile.


Com foco no elemento fé, o samba-enredo foi criado pelos compositores Jairo Roizem, Lico Monteiro, Leandro Tomaz e Rafael Tubino. Na passarela, a canção foi interpretada por Manoel Duarte e Léo do Cavaco, e a agremiação contou com 1200 componentes, 15 alas e três carros alegóricos, que trouxeram brilho e alegria para a passarela.


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Fábio Przygoda, presidente da Sangue Jovem, falou sobre a dificuldade de colocar uma escola de samba na passarela, mas diz que na noite deste domingo, o sentimento é de dever cumprido. “O que a gente projetou, dentro das nossas limitações, foi aquilo que foi executado. A gente preparou um enredo muito forte, um dos melhores do Carnaval de Santos, com bastante luxo e muita empolgação. Sinto muito orgulho da Sangue Jovem”, comentou.


Encerrando o desfile, a agremiação deu destaque para Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira e grande elemento de fé para os santistas. A Sangue Jovem nasceu no dia 29 de março de 2000, na Vila Belmiro, em Santos. A escola conquistou o título de campeã do Grupo Especial no ano de 2006 e também foi vitoriosa no Grupo de Acesso em 2016 e 2020.


Brasil


  Foto: Alexsander Ferraz/AT

A última escola a entrar na Passarela do Samba na segunda noite do Carnaval Santos 2024 foi a Brasil. Na avenida, eladestacou os impérios que marcaram a história da humanidade com o enredo “A Brasil Traz os Grandes Impérios, nas Garras do Tigre Paulistano”. A narrativa da agremiação ainda explorou o mundo da folia, homenageando também uma das grandes escolas do Carnaval paulistano: Império de Casa Verde.


A escola desfilou com 1000 componentes, 12 alas, dois carros alegóricos e um quadripé. Para levar o samba-enredo para a passarela, a interpretação ficou por conta de Joãozinho Oliveira. A canção foi criada pelos compositores Mitch, Ademarzinho do Cavaco, Rafa Neves, Bruno Pantera e Toninho 44.


  Foto: Izabelly Fernandes/AT

Emocionada, a presidente Sandra Franco contou que para colocar a escola na passarela nesta noite, por diversas vezes teve que pedir forças à mãe, que foi a fundadora da agremiação. “Hoje eu sigo os passos dela. Enquanto eu estiver aqui, a escola nunca vai deixar de pisar neste asfalto. Mas foi bem difícil. Não temos quadra, nosso ensaio é na rua e tivemos muitas chuvas, então tivemos poucos ensaios. Tivemos alguns problemas em algumas alas, mas, independente disso, entramos com a maior alegria para o povo santista”, desabafou.


Fundada no bairro Aparecida, em Santos, no dia 31 de março de 1949, a Brasil é conhecida como "Campeoníssima", devido à conquista do octacampeonato, sendo 16 vezes campeã do Grupo Especial, nos anos de 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1956, 1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1991, 2006 e 2007. Além disso, a escola também foi campeã do Grupo de Acesso em 2011.


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