Colégio São José, em Santos, recebe seções de outros locais

Eleitores chegam para votar após confusão em endereços antigos

Por: Isabel Franson  -  15/11/20  -  20:00
Colégio São José, em Santos, recebe seções de outros locais
Colégio São José, em Santos, recebe seções de outros locais   Foto: Isabel Franson/AT

Os eleitores das seções 307, 314 e 315 da 273ª zona, em Santos, foram realocados dos colégios Vila Feliz e CCBeu para o Colégio São José, com entrada pela Rua Goiás, no Gonzaga. 


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Alguns descobriram da pior maneira, após dar de cara na porta das unidades anteriores. Caso do advogado José Ernesto Furtado Oliveira, 66 anos. "Eu votava no CCBeu. Cheguei lá, dei de cara na porta fechada. E vim pra cá como última opção. Não sabia, não olhei em lugar nenhum. Fui onde estava acostumado". 


No calor das 13 horas, o santista caminhou um quilômetro a mais para cumprir o ato cívico. Após votar, mais aliviado, retorna para casa de olho no almoço. "Agora, fico mais tranquilo. Ruim é a caminhada, né. Mas faz parte". 


Paulistana


A diretora de escola aposentada Carmelita Keller Rodrigues, 54, morava em São Paulo e transferiu este ano o título para Santos. 


A princípio, registrada em outro endereço, resolveu abrir o aplicativo do E-título no celular antes de sair de casa. "Foi a sorte, né? Consultei e descobri que a seção havia mudado. Achei uma boa maneira de me informar e fiquei feliz, de não precisar bater perna à toa". 


Não à obrigatoriedade


Comemorando aniversário neste domingo, a aposentada Genilda da Silva, 63, passou apuro para cumprir o dever do voto. 


Desavisada das mudanças, compareceu ao seu local tradicional de votação e descobriu que não era mais lá. Foi orientada a seguir para um segundo endereço, a pé, onde também não constava sua seção. O terceiro endereço procurado foi o Colégio São José, onde finalmente pôde confirmar seu voto na urna. "Uma baita caminhada, fiquei andando de um lado para o outro". 


Contrária à obrigatoriedade do ato, Genilda não teria votado esse ano se pudesse. "Acho que a gente teria de vir só se tivesse vontade. Assim, inclusive, o povo votaria até com mais consciência. Só quem quer mesmo! Que democracia é essa que nos obriga a fazer algo? Até parece regime militar".


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