Setor hoteleiro avalia cenários de crise e 30% dos funcionários podem ser demitidos

Avaliação é do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores)

Por: Da Redação  -  13/04/20  -  19:30
Vereador retirou de votação projeto de rodízio de carros em Guarujá
Vereador retirou de votação projeto de rodízio de carros em Guarujá   Foto: Carlos Nogueira/AT

Alguns hotéis da região estão fazendo estudos para decidir se fecham as portas até o começo de 2021. A afirmação é do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores), Heitor Gonzalez.


Ele acredita em demissão de 30% dos funcionários do setor hoteleiro. “Quem mais vai sofrer são os hotéis. Guarujá costuma ter oito convenções por ano. Todas foram canceladas”, afirma.


A pandemia do novo coronavírus tem sido um pesadelo para o setor do turismo e cultura. Com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que as pessoas fiquem em casa, agências de turismo e eventos têm se desdobrado para atender clientes que perderam ou perderão viagens, shows e espetáculos já comprados. 


Presidente do São Paulo Convention e Visitors Bureau (SPCVB), Toni Sando diz que o desafio das empresas durante e após a pandemia será muito grande.


“É claro o movimento de cancelamentos de viagens e eventos, o que impacta na cadeia produtiva do setor, afetando hotéis, centros de convenções, aviação e muito mais. Há diversos estudos que analisam o impacto no setor, mas ainda é cedo para entender a real dimensão do problema”. Ele prevê, em todo o Brasil, cerca de 1,3 milhões de pessoas desempregadas no setor devido à pandemia.


Sando diz que o único jeito de superar os prejuízos é iniciar os trabalhos agora com criatividade. 


“Quem tiver fôlego para sobreviver a esse tsunami tem que se preparar desde já. Usar a tecnologia para reservas de hotéis, compras, revisão nos canais de distribuição. Muitos restaurantes não tinham serviço delivery e tiveram que fazer”.


Dona da agência Mendes Tur, em Santos, que tem cruzeiros marítimos como principal produto, Inês Belini conta que a rotina tem sido de remarcações de viagens. A empresária deu férias para 18 funcionários e tem dividido as atividades com apenas três. 


Inês entende que não será possível recuperar aquilo que tem deixado de ganhar nesse período de pandemia. “Nossa área é lazer. Quando tudo isso acabar, as pessoas vão pensar primeiro em outras necessidades. O que se perdeu, perdeu”.


O Santos Convention & Visitors Bureau informou que não vai comentar a situação nesse momento.


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