Técnicos da Prefeitura de Santos, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Terracom estão discutindo o impacto que a construção do viaduto entre as avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima terá no trânsito. O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) é quem deverá bater o martelo se as obras serão iniciadas mesmo em janeiro de 2019, em meio à temporada de verão, como planejam os responsáveis pelo projeto. Mas uma coisa é certa: de início, não haverá bloqueios no tráfego e, sim, desvios.
O viaduto faz parte da terceira etapa da Nova Entrada de Santos, que contempla, além de intervenções viárias, obras de drenagem tão necessárias para a solução de problemas como o ocorrido na quinta-feira (8). Mais uma vez, a Av. Nossa Senhora de Fátima ficou alagada com a chuva.
A Reportagem mostrou que a construção do viaduto deve começar em janeiro. Segundo o gestor do projeto, Wagner Ramos, o início das obras seria em setembro, mas a intenção é adiantá-lo para que o término dos trabalhos coincida com a conclusão do viaduto levantado pela Ecovias na Via Anchieta, em 2020.
“Se conseguirmos conciliar os cronogramas, haverá melhora substancial no fluxo de veículos”, alega Wagner. “Estamos fazendo uma discussão sobre o impacto e os desvios necessários. Concluídos todos os julgamentos técnicos, levaremos ao prefeito, que tomará a atitude que achar melhor”.
Conforme o representante da Prefeitura, os trabalhos começarão na pista sentido São Paulo da Avenida Martins Fontes, sem bloqueios no trânsito. “Nós fizemos o estudo das áreas necessárias para colocação dos apoios do viaduto e, diante disso, planejamos os desvios para permitir que o trânsito flua sem interrupção. O que vai acontecer é que o motorista, em certo momento, terá que seguir desvios”.
Temporada de verão
Quanto à preocupação de congestionamentos na entrada da Cidade em razão do grande fluxo de turistas e das constantes chuvas em janeiro, Wagner argumenta que é preciso “ter coragem” para “botar a mão na massa”. “Como a obra levará de um ano e meio a dois anos, ela pegará ao menos uma temporada”.
Com a chuva de quinta-feira, canteiros de obras, como na Rua Ana Santos, também alagaram. O gestor do projeto Nova Entrada de Santos admite a preocupação com os prazos de conclusão das intervenções em andamento em razão do período chuvoso das últimas semanas. “É danoso para o cronograma”.
Quando acabam?
Wagner destaca que o fim das enchentes naquela área depende de uma série de projetos, não só de responsabilidade da Prefeitura, mas também dos governos Federal e do Estado.
Uma das obras a cargo do Palácio dos Bandeirantes, a construção de sistemas de bombeamento e comportas, resolveria de vez as enchentes nas avenidas Nossa Senhora de Fátima e Martins Fontes, localizadas abaixo do nível do mar. Mas o projeto ainda não recebeu o aval estadual para sair do papel, de acordo com Wagner.
“Se não tiver a estação de bombeamento, o que acontecerá: se tiver chuva forte e maré baixa, não vamos ter inundação. Se tiver chuva forte com maré alta, vamos ter alagamento”.