Com a marca de 120 vidas perdidas por complicações de Covid-19, Santos encerrou dezembro com a segunda mais elevada quantidade de mortes desde o começo da pandemia. É o quesinaliza estudo daAssociação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). O último mês de 2020 só ficou atrás do verificado em junho (222 óbitos), no ápice da taxa de contágio da doença na cidade.
A escalada de mortes pela doença é reflexo do aumentoda taxa de casos nos últimos meses. Se comparado com novembro, quando 97 santistas perderam a vida pela Covid-19, dezembro apresentou uma elevação de23,7% no número de vidas perdidas. A entidade usaos dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que são os parâmetros adotados pelo governo paulista.
Veja Números de Santos:
Publicado por Carlos Alberto Guglielmi Eid emQuarta-feira, 6 de janeiro de 2021
Dezembro também teve a quarta mais elevada marca registada numa semana. Isso ocorreu entre 9 e 15 de dezembro, quando houve 47 mortes. Os registros anteriores foram entre 24 e 30 de junho (76); 1 a 8 de julho (53) e 17a 23 de junho (51).
Os dados foram apurados pelomédicoCarlos AlbertoGuglielmiEid. Segundoele,Santosteve a pior taxa no número de óbitos por 100 mil habitantes em dezembro.
Nessa métrica, os casos santistas superaram aos do Rio de Janeiro eSão José do Rio Preto, segunda e terceira colocada, respectivamente, entre os municípios mais populosos em mortalidade em termos proporcionais (por 100 mil habitantes).Nesse indicador, houve27,7 mortes por 100 mil habitantes em dezembro.
Baixada Santista
O estudo também apurou a evolução das mortes nas nove cidades da Baixada Santista. Em meio à temporada de verão, dezembro foi o quarto mês em número de mortes regionais por complicações de Covid-19.
Veja Números da Baixada Santista:
Publicado por Carlos Alberto Guglielmi Eid emQuarta-feira, 6 de janeiro de 2021
Nas nove cidades, foram 349 óbitos registrados no último mês de 2020. Junho manteve-se na liderança, com 467 vidas perdidas pela doença respiratória aguda. Julho (385) e agosto (352). Para especialistas ouvidos por ATribuna.com.br, a atual escalada de casos graves evidencia a tendência da segunda onda da pandemia.