Santos adia novamente fim das obras em equipamentos esportivos

Reformas no Rebouças e M. Nascimento começaram em 2014; Prefeitura alega dificuldades financeiras

Por: Gabriel Oliveira  -  31/10/18  -  16:33
  Foto: Nirley Sena/AT

A Prefeitura de Santos descumpriu de novo os prazos para conclusão das obras que se arrastam há anos em equipamentos públicos de esportes. No Complexo Turístico, Esportivo e Cultural M. Nascimento Júnior, no Bom Retiro, o piso da quadra do ginásio teve problemas e precisará ser substituído. No Complexo Esportivo e Recreativo Rebouças, na Ponta da Praia, a piscina continua inacabada.


No equipamento da Zona Noroeste, as obras no ginásio começaram em fevereiro de 2014 e deveriam ter acabado em agosto de 2015. Mas houve atrasos, prazos descumpridos e mais dinheiro público gasto.


Em março deste ano, após encerrada a intervenção no M. Nascimento, o Município constatou problemas na quadra. Levará de três a quatro meses a substituição completa do piso, e um novo contrato para revestimento cerâmico terá cinco meses de prazo.


O Chefe do Departamento de Obras Públicas da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Edificações, Ronald do Couto Santos, estima que as duas obras serão entregues em março, ao custo total de R$ 10,4 milhões. A despesa inicial para construir o ginásio era de R$ 7,8 milhões e subiu para R$ 9 milhões. O revestimento custará R$ 1,4 milhão.


Rebouças


O Rebouças começou a ser revitalizado em outubro de 2014 e ficaria pronto em julho do ano seguinte, com piscina, quadra de bocha e malha e dois vestiários novos – só um está pronto.


Depois, o prazo passou para março de 2016, também desrespeitado. Em fevereiro do ano passado, a Administração Municipal informou que o projeto do primeiro contrato havia passado por adequações e aguardava licitação para instalação da cobertura da piscina em um novo contrato.


Os trabalhos foram retomados em março deste ano, com os serviços dos dois contratos. Em junho, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) declarou que o Rebouças estaria pronto em outubro. Ontem, A Tribuna viu a piscina ainda inacabada, com operários preparando o içamento da estrutura para a cobertura.


Espera-se terminar as obras até 31 de dezembro. Contando os dois serviços, serão gastos R$ 7 milhões.


Alegações


Ronald do Couto Santos alega que falta de dinheiro e mudanças nos projetos causaram os atrasos nos serviços. “São obras que vivenciaram dificuldades de recursos tanto do Governo do Estado quanto do Município e, em ambas, houve alterações de especificações técnicas, o que impactou o cronograma”.


No Rebouças, a Secretaria Municipal de Esportes resolveu pedir, durante os trabalhos, que a piscina fosse mais profunda para uso em polo aquático e nado sincronizado. “Isso demandou uma readequação do contrato”.


Ele também alegou que o “inverno muito chuvoso” atrapalhou o andamento das obras por lá. “Não podíamos prosseguir com o acabamento da piscina, tampouco com a cobertura”.


No caso do M. Nascimento, houve problemas na fundação do ginásio, e a Prefeitura precisou mudar o estilo de construção.


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