Prefeitura estende concessão para famílias prejudicadas no caso do cemitério da Areia Branca

Após acidente, famílias com exumação vencida terão mais 5 anos

Por: Sheila Almeida & Da Redação &  -  22/11/18  -  09:48
Desabamento de muro do Cemitério da Areia Branca deixou ossadas à mostra
Desabamento de muro do Cemitério da Areia Branca deixou ossadas à mostra   Foto: Rogério Soares/A Tribuna

Estão sendo sepultados novamente (reinumados) os restos mortais das 27 pessoas que estavam em 36 gavetas avariadas pela queda do muro do Cemitério da Areia Branca, em Santos, na terça-feira (20). Mesmo quem tinha prazo vencido para exumação terá mais cinco anos de concessão no novo espaço. Só depois disso os familiares avaliarão se autorizam a remoção à urna geral ou compram um ossuário.


Por enquanto, a Prefeitura só conseguiu contato com cinco famílias para definir o novo destino dos restos mortais. Até a data de novo sepultamento, eles estão acondicionados em material próprio, com identificação dentro do cemitério. Por isso, os familiares precisam procurar a equipe da Areia Branca para ter mais informações.


Nesta quarta-feira (21), o que se via no local do desmoronamento eram alguns visitantes se certificando de que estava tudo bem com as gavetas onde foram sepultados seus entes queridos.


Uma mulher que não quis se identificar, emocionada, contou estar em paz por ver que a gaveta onde estava o marido, falecido este ano, estava salva. “Seria mais uma dor lidar com isso”, disse.


Thiago Souza Silva, de 28 anos, analista de sistemas, contou que alguns amigos também foram conferir o mesmo. “Viram que estava tudo bem e, mesmo assim, estão com medo. Há muita umidade no muro. Está bem torto”, contou ele.


  Foto: Solange Freitas

Um dia após


Do lado de fora do cemitério, pela Rua Tomoichi Kobushi, a área que estava exposta por conta do desmoronamento já foi bloqueada por madeirites e um plástico. Em 20 metros de extensão, uma fita zebrada tenta indicar o risco da passagem de pedestres pela calçada. Por dentro do cemitério é possível ver o estrago, pois não há impedimento para se aproximar.


Por medida de segurança, a Subprefeitura da Zona Noroeste também está providenciando isolamento de duas laterais do muro que passarão pela reforma (nas ruas Tomoichi Kobuchi e Vereador Remo Petrarchi). Na terça-feira, o prefeito tinha explicado que todo o entorno seria refeito.


O muro dos fundos do cemitério (Rua Dona Olga Deon Coury Athié) foi reformado em 2016 e não tem avarias. A reforma das laterais, com a construção de novo muro junto ao existente, começará em até 30 dias. A homologação da licitação será publicada hoje no Diário Oficial de Santos, restando apenas o empenho e formalização do contrato. A previsão é de conclusão da obra em oito meses.


Para informações sobre o caso: 3203-2906.


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