O mar agitado dos últimos dias adiou a visita técnica dos pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) à barreira submersa da Ponta da Praia, em Santos. A análise deve ocorrer nos próximos dias, com a melhora das condições climáticas.
A ação tem por objetivo verificar os eventuais estragos nas estruturas compostas por 49 sacos geotêxteis (bags), com 300 toneladas de areia cada, após a passagem do fenômeno pela Cidade, na semana passada.
Na ocasião, 25 metros da mureta da orla foram danificadas com a combinação de ressaca intensa e maré alta. Esse foi o primeiro incidente desta natureza desde a instalação das estruturas submersas, no começo do ano passado. A barreira serve para minimizar a força das ondas.
“Não conseguimos verificar muita coisa, pois as ondas ainda estão grandes”, diz o professor do Departamento de Recursos Hídricos da Unicamp, Tiago Zenker Gireli.
Contudo, o co-autor do projeto – com a também docente da instituição paulista, Patrícia Dalsoglio Garcia – avalia ser baixa a possibilidade de alguma avaria comprometer a estrutura. “Até onde pudemos verificar, os bags estão íntegros”.
Segundo a Defesa Civil de Santos, o momento mais crítico dessa semana foi registrado na madrugada desta quarta-feira (17), com ondas de 2,34 metros. Porém, apesar de o mar ter se mantido agitado, não foram registradas ocorrências.
Ainda de acordo com o órgão público, o tráfego na região da Ponta da Praia está com interdição em alguns pontos, devido às obras de pavimentação no bairro.