Uma mãe de Itanhaém, no Litoral de São Paulo, está na luta para que o filho de 9 anos tenha os direitos conquistados. Ela alega que o menino foi submetido a uma cirurgia em Santos e, quando foi pegar o resultado, não aconteceu o que imaginava.
Michele Karoline Lopes dos Santos, de 30 anos, é mãe de João Vitor Lopes Mariano, que é autista. Durante este ano, o menino realiza acompanhamento médico para um possível diagnóstico de distrofia muscular. A possibilidade passou a ser considerada após a realização de um exame pedido por um neurologista.
Para continuar a investigação sobre o caso, foi solicitado uma biópsia. Michele levou o filho ao Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, no dia 5 de março para fazer o procedimento, que foi bem-sucedido e João recebeu alta no mesmo dia.
Entretanto, ao retornar para buscar o resultado na última terça-feira (26), encontrou uma nota dizendo que o Estado não cobre esse tipo de exame e, por isso, não haveria resultado. “Eles me informaram isso só depois que fizeram o procedimento no meu filho. A médica ainda me deu uma carta para que eu levasse em outro lugar que faz esse exame, mas isso não tem cabimento.”, contou Michele.
Ela entrou em contato com a diretoria do hospital, que não deu prazo para solução do problema. “Eles não me deram uma posição sobre isso. O material já foi recolhido, mas já faz quase 30 dias e eu não sei se ele está armazenado da forma correta”, disse Michele.
Posicionamento
Em nota para A Tribuna, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que “ o paciente é acompanhado pela equipe multidisciplinar da unidade, que não disponibiliza o referido exame. O hospital está empenhado em auxiliar na localização de uma instituição que ofereça o exame, que necessita ser realizado em um laboratório específico de neurologia. A família está sendo acolhida pelo HGA, que fica à disposição para quaisquer esclarecimentos.”