Cetesb multa empresa em R$ 2,6 milhões por armazenamento de produto químico

Produto estocado de forma irregular causou vazamento de gás tóxico fosfina

Por:  -  29/11/18  -  18:30
  Foto: Carlos Nogueira/AT

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) anunciou, nesta quinta-feira (29), que multou a empresa LD Serviços de Fumigação Ltda em R$ 2.670.000,00 por conta do incêndio ocorrido no dia 8 de outubro em um galpão de madeiras localizado no Paquetá, em Santos.


Segundo a Cetesb, no local, estavam armazenados irregularmente milhares de frascos contendo fosfeto de alumínio. Durante combate ao incêndio, os bombeiros descobriram o material, mas não conseguiram evitar a liberação por 41 horas, na atmosfera, do gás tóxico fosfina.


Homens do Corpo de Bombeiros precisaram ser socorridos e dezenas de moradores das imediações da Rua Dr. Cochrane, onde funcionava o galpão, foram atingidos.


A Cestesb informou que também constatou o lançamento de 50 mil litros de águas residuárias no Estuário de Santos. O produto incendiado seria destinado para fumigação, visando a eliminação de pragas em embarcações no porto de Santos.


A emissão da substância na atmosfera fez com que 63 pessoas fossem encaminhadas para hospitais de Santos, sendo que 11 foram internadas.


No dia 18 de outubro, a Prefeitura de Santos multou a marcenaria por armazenamento irregular de produtos químicos. Na ocasião, outras quatro empresas que sublocavam o espaço localizado na Rua Doutor Cochrane também receberam sanções pecuniárias, somando R$ 64 mil (12,8 mil a cada uma).


Como foi


O incêndio ocorreu na madrugada do dia 8 de outubro e foi controlado após ação de 20 equipes do Corpo de Bombeiros.


O fosfato de alumínio, armazenado irregularmente no local, entrou em contato com a água utilizada no combate ao incêndio, ocasionando a liberação da substância tóxica, que tinha odor desagradável. O vazamento do produto químico fez com que o quarteirão da Rua Dr. Cochrane, entre as ruas João Pessoa e General Câmara, fosse evacuado e isolado.


Cerca de 100 pessoas, entre elas oito policiais militares, 23 bombeiros e cinco guardas portuários, foram encaminhados a hospitais de Santos e São Paulo. Uma megaoperação foi montada para remover o produto.


Logo A Tribuna
Newsletter