Carnaval de Santos tem mudança em quatro regras para 2019
Entre os quesitos: desempate, acesso ao Grupo Especial, manutenção da vaga no Grupo 1 e aumento da premiação
O Carnaval de Santos em 2019 já tem data e, agora, regras estabelecidas. A Prefeitura publicou nesta sexta-feira (7), no Diário Oficial, um decreto com o regulamento criado junto com a Liga Independente e Cultural das Escolas de Samba de Santos (Licess). Para o próximo ano, foram propostas quatro alterações do texto, nos quesitos: desempate, acesso ao Grupo Especial, manutenção da vaga no Grupo 1 e aumento no valor da premiação.
“As mudanças foram uma solicitação da própria Liga. Sempre aceitamos 99% dos pedidos deles, até porque são quem concorrem. Poucas alterações são feitas, porque tem funcionado bem (o desfile)”, diz Wellington Lima, agente cultural da Secretaria de Cultura de Santos.
Na próxima edição da festa, que será realizada nos dias 22 e 23 de fevereiro, na Passarela do Samba Dráusio da Cruz, na Zona Noroeste, as agremiações da elite que terminarem em primeiro e segundo lugares vão receber, respectivamente, R$ 22 mil e R$ 11 mil. Os prêmios foram reajustados em 10%.
Sobre o desempate, não será mais sorteado um quesito para definir o campeão. Com a nova regra, serão somadas as notas descartadas e quem tiver mais pontos leva o título – das notas aplicadas por três jurados, a menor sempre é desconsiderada. Havendo novo empate, daí, sim, o método anterior é adotado.
As outras duas mudanças são voltadas ao grupo de Acesso e ao Grupo 1. Para que a vencedora do primeiro ascenda ao Grupo Especial do Carnaval santista, a escola deverá fazer 176 pontos. Do contrário, será campeã mas permanecerá na mesma divisão. Em 2018, o regulamento previa 175 pontos.
No Grupo 1, a agremiação deverá fazer 170 pontos para manter o lugar no desfile. Neste ano, a nota de corte foi de 165.
De acordo com o presidente da Licess, Benedito de Andrade Fernandes, o Ditinho, atualmente participam do Carnaval 8 escolas na Elite, 4 no Acesso e 5 no Grupo 1.
Mais qualidade
Segundo Lima, essas mudanças elevam o patamar do Carnaval santista, uma vez que as notas de acesso e de corte aumentaram. “É um critério muito legal, o que mostra o comprometimento das escolas com a qualidade, que é a grande finalidade”.
Para o próximo ano, a Prefeitura aumentou o repasse às agremiações. Foram R$ 85 mil para cada escola do Grupo especial. A verba é superior à deste ano, de R$ 54,5 mil, mas muito inferior a de 2017 e anos anteriores, quando ultrapassou R$ 180 mil.
Mesmo com o atual cenário e a dificuldade financeira, Ditinho garante um grande espetáculo. “A ideia de apertar um cinto é de trazer responsabilidade às escolas de samba, de fazer grandes trabalhos e desfiles, porque ninguém vai querer ficar para trás. A profissionalização está acima de tudo”.
