Passeios que são realizados em trilhas da Mata Atlântica em Praia Grande são comuns em feriados como o Carnaval. O Grupamento Ambiental, que integra a Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade alerta para os riscos do turismo ecológico clandestino. A ação traz riscos e consequências quando pessoas tentam adentrar áreas de proteção ambiental do município.
De acordo com o inspetor do grupamento, Fábio Rogério Marques, o turismo ecológico visa, através de práticas corretas de uso das áreas ambientais, promover uma interação entre o turista e o meio ambiente sem causar danos ambientais. Mesmo assim, ele ressalta que tem sido comum pessoas entrarem em áreas sem o consentimento de administradores.
O inspetor conta que o resultado desse tipo de ‘invasão’ pode gerar transformações locais, com abertura de trilhas, banho em cachoeiras que são de captação de água para abastecimento, bem como a descaracterização da cultura local.
A GCM destaca que, no caso da cachoeira, a situação é ainda pior, pois o local não é aberto à visitação justamente por se tratar de área de captação de água para abastecimento da Cidade.
Marques observa que este tipo de atividade ilegal tem sido monitorada e fiscalizada não apenas pela Guarda Ambiental mas também pela Polícia Ambiental e pelos gestores dos parques. Conforme legislação ambiental, os infratores estão sujeitos a penalidades como detenção de seis meses a um ano, multa que pode variar de R$ 1 mil a R$ 10 mil e apreensão dos instrumentos, quando utilizados para o desmatamento de áreas.
Em Praia Grande, as áreas em questão são o Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Itutinga
Pilões e o Parque Estadual Xixová/Japuí, ambas com regras de atividades previstas no seu Plano de Manejo, incluindo a visitação, que é gratuita, monitorada e deve ser agendada com antecedência.
Para quem tem interesse em visitar os locais, Marques orienta que procure os gestores dos parques para agendar e realizar todos os procedimentos necessários, evitando assim acidentes e danos ambientais. Denúncias também podem ser feitas à Guarda Ambiental pelo telefone 153.