Municípios da Baixada Santista tentam diminuir filas em ambulatórios

Em Santos, as consultas e procedimentos eletivos (agendados, não urgentes) - parados desde 24 de março - voltaram a ser realizados gradativamente na rede municipal

Por: Maurício Martins  -  25/10/20  -  18:17
Estado afirma que não houve paralisação das consultas nos AMEs
Estado afirma que não houve paralisação das consultas nos AMEs   Foto: Arquivo/AT

Todos os municípios da Baixada Santista já estão atendendo especialidades e tentando diminuir as filas. Conforma a Reportagem mostrou, o prazo para uma consulta médica pode chegar a nove meses na região. 


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Em Santos, desde 15 junho as consultas e procedimentos eletivos (agendados, não urgentes), parados desde 24 de março, voltaram a ser realizados gradativamente na rede municipal, respeitando as medidas preventivas contra a covid-19. 


Os agendamentos de consultas e exames especializados seguem a listagem eletrônica dos pacientes, de acordo com a gravidade do caso e a data do pedido médico. A Central de Agendamentos liga para o paciente ou o mesmo pode entrar em contato com o serviço pelo telefone 0800-9425055 ou WhatsApp (4042-1908). O atendimento é feito de segunda a sexta, das 8 às 20h.   


Segundo a Prefeitura, nos meses de suspensão, 27 mil consultas deixaram de ser realizadas. “Como a pandemia ainda não foi superada, a normalização deverá ser concluída no primeiro semestre de 2021, dentro do cenário otimista que a vacinação em massa da população contra a covid-19 já esteja em curso e a doença controlada, permitindo que todos os serviços mantenham os seus atendimentos dentro da capacidade de 100%”, diz a Prefeitura.   


São Vicente não informou um prazo para normalização, porque diz houve apenas redução e não interrupção no atendimento. Porém a situação fica claro quando avaliado o número de atendimentos no Centro Médico Martim Afonso (CMMA). Antes da pandemia eram quase três mil pessoas por mais, diminui para menos de mil. Em setembro começou a retomar o patamar anterior.  


Guarujá informa que, no momento, os agendamentos e a realização de consultas estão mantidos com 70% da capacidade na rede municipal de saúde. Os agendamentos são feitos pela rede de Atenção Básica. “Ao final de julho, esses atendimentos foram retomados com 30% da capacidade. A expectativa é que a situação só esteja totalmente regularizada com o fim da pandemia”.  


Praia Grande afirma que o retorno já foi feito de “forma gradual, ampliando o quantitativo e faixa etária do público a ser assistido, avaliando mensalmente, se necessário, um retrocesso do passo dado ou se seria possível seguir adiante, ampliando os critérios de seleção”.  


Cubatão afirma que está atendendo “dentro da margem de segurança de 60%”, com agendamento na própria unidade de saúde, e aguarda orientações no Estado para ampliação.  


Bertioga pontua que o Município vem estudando formas de oferecer a população o atendimento necessário, com a realização de mutirões e a garantia do retorno e realização de exames solicitados durante o atendimento. A primeira especialidade atendida foi a ortopedia com o oferecimento de mil atendimentos. 


Mongaguá afirma que desde a inauguração, em agosto, o novo Centro Médico de Especialidades já realizou 3,2 mil atendimentos.  
 
Itanhaém afirma que já está atendendo 540 pacientes por mês nos centros de especialidades e unidades básicas de saúde. Em Peruíbe, casos de rotina voltaram a ser atendidos em setembro e hoje as unidades seguem com 80% da capacidade. 


Estado 


Na rede de saúde estadual, os atendimentos foram mantidos, diz a Secretaria de Estado da Saúde, que não fala em fila de espera. “Os serviços seguem os protocolos de segurança para profissionais de saúde e pacientes, realizando medidas como redução de fluxo de atendimento presencial e atendimento por agendamento prévio, em acordo aos decretos estaduais que visam a não aglomeração e uso obrigatório de máscara”.  


Na Baixada Santista, o Estado mantém três Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), em Santos, São Vicente e Praia Grande, “que têm realizado contatos diários com os pacientes para confirmação de procedimentos agendados”.  


Juntas, as unidades realizaram, entre janeiro e setembro, mais de 151 mil consultas, 17 mil procedimentos cirúrgicos e 203,7 mil procedimentos de outros tipos, incluindo exames laboratoriais e de diagnósticos, informa a secretaria. 


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