Prefeito de Guarujá é preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira
Válter Suman (PSDB) foi detido em dia marcado por apuração de desvio de dinheiro do SUS
Atualizado em 15/09/21 - 19:20
O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), foi preso nesta quarta-feira (15) pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Nadar. Inicialmente, ele havia sido levado no começo da tarde à Delegacia da PF, no Centro de Santos, para prestar depoimento, assim como o secretário de Educação de Guarujá, Marcelo Feliciano Nicolau.
Desde o começo do dia, a PF cumpriu mais de dez mandados de busca e apreensão na cidade envolvendo um possível esquema de desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os locais na mira da PF, estavam endereços ligados ao prefeito. O caso permanece sob sigilo.
No final da tarde, a Comunicação Social da Polícia Federal de Santos informou, em nota, que não haverá posicionamento, ao menos nesta quarta-feira, sobre a Operação Nadar deflagrada.
A determinação para as buscas partiu do desembargador Nino Toldo, que atua na 11ª Turma da 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
No caso do secretário Marcelo Nicolau, informações apuradas pela TV Tribuna indicam que ele não conseguiu comprovar uma grande quantia de dinheiro encontrada em sua casa e, por isso, foi levado à sede do órgão federal. O valor não foi revelado. Na residência de Suman, também teria sido achado dinheiro em espécie sem comprovação.
Histórico
Natural de São José do Rio Preto (SP), Válter Suman é médico e trabalha na área há mais de três décadas. No mundo político, foi eleito vereador em 2004 pelo PSB e reeleito em 2008 pelo PSDC. Já em 2012, tentou pela primeira vez chegar ao Poder Executivo local, como candidato a vice-prefeito pelo PSD, na chapa de Farid Madi, mas perdeu a disputa para Maria Antonieta de Brito.
Dois anos depois, no PTB, Suman se candidato a deputado estadual, mas ficou como suplente. Em 2016, de volta ao PSB, venceu a disputa para a Prefeitura de Guarujá pela primeira vez e, em 2020, foi reeleito para mais quatro anos no cargo. Há dois meses, deixou a legenda socialista e se filiou ao PSDB.
