Com ajuda de Kondzilla, Forte do Itapema pode virar centro de cultura em Guarujá

Prefeitura busca parceiros para transformar Vicente de Carvalho em um polo cultural, com direito a uma escola de audiovisual, um auditório e área para a Orquestra Sinfônica da cidade

Por: Egle Cisterna  -  20/10/20  -  13:44
Kondzilla acredita que o Forte poderá ser um importante polo cultural para jovens carentes
Kondzilla acredita que o Forte poderá ser um importante polo cultural para jovens carentes   Foto: Carlos Nogueira/AT

O Forte do Itapema, em Vicente de Carvalho, em Guarujá, pode se tornar um polo cultural, com direito a uma escola de audiovisual, um auditório e área para a Orquestra Sinfônica da cidade. Esta é a intenção da Prefeitura de Guarujá, que procura parceiros na iniciativa privada para que o projeto saia do papel nessa área, que foi assumida recentemente pelo poder público municipal.


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Na segunda-feira (19), o produtor musical Konrad Dantas, mais conhecido pelo nome artístico KondZilla – detentor de um dos maiores canais de música do mundo e fundador da KondZilla Filmes e KondZilla Records, sendo um dos principais responsáveis pelo sucesso do funk nacional – visitou o local. Ele está em contato com institutos e entidades com o perfil para capacitação cultural, para fazer parcerias para a área.


“Esse espaço dá para fazer várias coisas. Eu tenho visto alguns institutos em São Paulo, como o Instituto Criar, do Luciano Huck, e iniciativas como a do Edu Lyra, da Rede Gerando Falcões. São amigos próximos e a gente vê que tem um lugar aqui que dá para construir algo bem semelhante”, afirma KondZilla, que já levou a ideia para os amigos e segue conversando sobre o assunto.


Na visita, que contou com a presença da equipe de Cultura municipal, ele veio discutir sobre como é possível fazer a articulação entre Estado, Município e iniciativa privada.


KondZilla conta que chegou ao sucesso profissional com as circunstâncias que lhe apareceram, mas quer dar as mesmas chances para os jovens das comunidades carentes de Guarujá que não conseguiriam uma capacitação. “Eu aproveitei as oportunidades que eu tive na vida. Minha mãe era professora da Prefeitura de Guarujá. Quando ela morreu, em 2005, me deixou o FGTS e fui para São Paulo estudar. Talvez outros jovens de periferia não tenham essa oportunidade. A ideia é a gente ajudar a construir essa sorte para eles”, diz o produtor musical.


Ele terá o apoio do especialista em inovação e impacto social João Vitor Caires, da organização social Impact Hub, que também visitou o Forte ontem. “Espaços como esses, que têm história e são grandes e bem estruturados, no meio da cidade, têm potencial muito grande de se tornar espaços de esperança, onde as pessoas se conectam, acessam e são inspiradas a se capacitar. Essa é uma grande oportunidade de discutir a ocupação de um espaço assim”, avalia Caires.


Mas o projeto ainda não tem prazo para sair do papel. O secretário de Cultura, Marcelo Nicolau, deve se reunir ainda com as equipes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) para tratar do assunto e ter uma estimativa de custo do restauro do bem tombado. Um projeto feito por um escritório de arquitetura, em 2005, calculava um investimento de cerca de R$ 10 milhões para a recuperação do patrimônio.


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