A possibilidade de mais restrições deixa apreensivos alguns setores da economia. “Temos deixado claro que as medidas tomadas pelo Estado até agora foram inócuas, porque a pandemia não tem hora. Está no ponto de ônibus tanto ao meio-dia como à meia-noite”, afirma o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores), Heitor Gonzalez.
Nos últimos meses o setor de bares vem sendo o mais fiscalizado e com maiores restrições. Segundo os especialistas em saúde são as aglomerações noturnas nesses locais que vêm impulsionando as contaminações. Porém, Gonzalez contesta.
“Os verdadeiros problemas foram maquiados. Hoje, passei em frente a um banco e havia pessoas amontoadas para entrar. Fim de semana estive na feira, lotada, ninguém de máscara. E todos os clandestinos fazendo festa na fase amarela, verde, vermelha”.
Prejuízo
Dessa forma, ele afirma que o comércio estabelecido, mesmo seguindo os protocolos e educando os clientes, está sendo o mais prejudicado. “Estamos sendo prejudicados com planos aplicados semanalmente. Fecha sábado, agora fecha domingo, depois abre. São remendos de planos que não ajudaram nada”.
Por isso, mesmo admitindo que medidas mais restritivas vão impactar o setor, Gonzalez afirma que um lockdown geral por um período determinado pode ser uma solução mais efetiva, junto com a vacinação. “Mas, repito, se não houver fiscalização, os clandestinos vão abrir mesmo no lockdown”.