Problema químico na Sabesp gera água turva

A Sabesp mudou a versão sobre por que a água está saindo turva das torneiras em algumas casas de moradores da região

Por: Fernando Degaspari & Da Redação &  -  22/02/19  -  16:55
  Foto: Divulgação

A Sabesp mudou a versão sobre por que a água está saindo turva das torneiras em algumas casas de moradores da região. Segundo o presidente da empresa, Benedito Braga, o problema não tem a ver com as fortes chuvas, mas com um processo químico na estação de tratamento.


“Houve um problema de natureza química com os produtos que são normalmente utilizados na estação de tratamento de água”, disse Benedito Braga, que esteve ontem em Santos. Isso teria ocorrido, segundo ele, na tentativa de corrigir o PH da água, que tem de ser neutro.


Nos últimos dias, moradores de Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e São Vicente têm recebido água de coloração marrom, que não dá nem para ser usada para lavar roupa. Quem bebeu, diz que passou mal.


“Este produto novo, nas redes (de distribuição) mais antigas teve um papel quase que como um abrasivo, liberou o ferro na água e deu essa coloração ruim. Claro que não queremos que a população beba essa água”, completou Braga.


A versão, no entanto, contradiz uma nota da própria Sabesp, divulgada há dois dias, informando que as fortes chuvas que atingiram a região eram as responsáveis pela coloração ruim.


Normalização


Embora a Sabesp tenha informado, em nota, que até amanhã tudo estará normalizado, Benedito Braga avisou que não tem como estabelecer um prazo, mas que a correção na estação de tratamento está sendo feita.


“Estamos usando o ortopolifosfato para fazer a precipitação do ferro que está dissolvido na água e isso leva algum tempo, porque é uma rede grande e antiga. Não é uma situação em que vamos ter um resultado imediato. Temos de ter um pouco de paciência”.


Sem risco


O presidente da empresa admite que a água não está potável para o consumo, mas não vê riscos à saúde.“O que tem dissolvido na água é ferro, que não é um elemento prejudicial à saúde, porque em algumas situações de anemia as pessoas tomam ferro para melhorar”, concluiu.


O Ministério Público do Meio Ambiente instaurou um inquérito para apurar o que houve com a água. Segundo a promotora Almachia Zwarg Acerbi, a Sabesp tem até o meio da semana que vem para explicar, formalmente, o que está acontecendo.


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