'Possibilidade dos hospitais de campanha não está fora da mira', diz secretário estadual de Saúde

Secretário Estadual de Saúde de São Paulo defendeu o Plano SP, disse que estamos numa segunda onda de coronavírus e que o endurecimento das medidas de isolamento foi necessário para evitar o pior

Por: Júnior Batista & com informações de ATribuna.com.br &  -  24/01/21  -  09:45
Secretário lamentou as mortes causadas pela covid-19
Secretário lamentou as mortes causadas pela covid-19   Foto: Alexsander Ferraz/AT

O médico infectologista e secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, não descarta a reativação de hospitais de campanha nas cidades da Baixada Santista, dada a nova escalada de caso de Covid-19 na região. O especialistafoi um dos primeiros a dizer que a vacina não estaria pronta em menos de seis meses. A estimativa estava correta, mas nem ele imaginava que menos de um ano após dar essa declaração para ATribuna.com.br estaria no olho do furacão, comandando a pasta do Estado mais importante (e populoso) do País.


Em visita ao Grupo Tribuna neste sábado (23), o professor e profissional com 28 anos de carreira defendeu o Plano SP, disse que estamos numa segunda onda de coronavírus e que o endurecimento das medidas de isolamento foi necessário para evitar o pior. Lamenta as mortes causadas pela covid-19 e dá, em números, o necessário para começar a pensar em vida normal: 36 milhões de doses de vacina no Estado inteiro.


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Estamos na fase laranja, mas ela está meio amarelada?


A fase laranja foi adaptada porque, mesmo com a restrição, as pessoas precisam viver, trabalhar, ganhar dinheiro. Não há interesse em impactar tanto na vida econômica. Por isso, salões e academias entraram nessa fase. Horário e circulação mudaram até para que alguns serviços pudessem estar trabalhando.


Mas os bares continuam fora, tanto que há protesto contra as regras mais duras...


O que acontece com os bares é que fica muito difícil conter as aglomerações. Até na praia é difícil. Você acha que está num local aberto, relaxa, aí toma algo, divide com o colega e pronto. E os horários são justamente aqueles onde há maior presença de pessoas, que é à noite.


A Baixada pode reabrir hospitais de campanha?


Não tiramos da visão abrir outros hospitais de campanha (São Paulo vai reabrir o de Heliópolis). É importante a ação dos prefeitos e secretarias municipais nos ajudando não só com informações. A possibilidade dos hospitais de campanha não está fora da mira. Não podemos é desassistir os munícipes.


O retorno das aulas continua mantido?


A partir do dia 1º aquelas crianças com dificuldades nas tarefas ou com o ambiente on-line podem retornar, mas não é obrigatório. Até o momento, o retorno obrigatório é no dia 8, com todas as regras e diminuição no número de alunos e profissionais.


O Rio de Janeiro já antecipou que vai cancelar o Carnaval deste ano, em julho. São Paulo poderá fazer o mesmo?


Da maneira como estamos, é sem condições de ter um Carnaval neste ano. Eu não vejo essa possibilidade, será bem difícil.


Quantas doses o Estado precisa?


Em relação aos grupos prioritários e idosos até 65 anos, são 36 milhões de doses, contando as duas vacinações. Estamos em busca desse número.


E quanto às vacinas já aprovadas, como fica?


Sempre foi um desejo do Estado inserir a CoronaVac no plano de vacinação nacional. Das doses emergenciais aprovadas, ficaremos com nosso percentual, que é cerca de 22, 23%.


E com relação às gestantes e lactantes, elas poderão tomar?


A CoronaVac é uma vacina formulada com vírus inativado (morto), poderá ser administrada em mulheres que estejam amamentando. Com relação às grávidas, os estudos não se encerraram, porém entende-se que o mesmo princípio possa ocorrer. Neste momento, a orientação é que elas consultem seus médicos.


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