Empresário de Santos dá dicas de como evitar que falsos corretores assaltem imóveis

André Ayres, da Roda Imóveis, alerta sobre cuidados que o proprietário, portaria e corretores devem ter para evitar invasões 'disfarçadas' de visitas a imóveis para alugar ou vender

Por: Jean Marcel  -  21/02/21  -  12:00
André Ayres, da Roda Imóveis:
André Ayres, da Roda Imóveis: "Segurança nunca é demais"   Foto: Arquivo Pessoal

Invasão ao prédio do ex-prefeito de São Vicente, quando os assaltantes fingiram visitar um apartamento à venda traz à tona uma preocupação em relação à segurança. Afinal, como estar protegido e evitar que isso aconteça? O empresário André Luiz Dy Mauricio Ayres, da Roda Imóveis, empresa que atua há 50 anos em Santos, diz que é importante prevenir: "Dados pessoais devem ser checados, até para termos tudo documentado", explicou.


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Segundo Ayres, é essencial as imobiliárias, através de seus corretores, checar os dados pessoais de cada cliente, tirando cópias e deixando os documentos arquivados antes de qualquer visitação. "Isso ajuda até para dar um feedback posteriormente ao proprietário", diz o empresário.


Em relação às portarias de prédios, ele lembra que há formas de se prevenir: "Hoje existe um livro do Conselho Regional de Fiscalização do Corretor de Imóveis (Creci), para inibir entrada de estranhos. A portaria tem acesso ao site, e pode checar se os corretores que estão no local são credenciados, e assim liberar entrada, deixando tudo registrado"


É possível, também, a imobiliária enviar uma relação de seus corretores às portarias de onde tem imóveis sob sua responsabilidade. Em relação ao proprietário, é preciso cuidado. "O mínimo é o proprietário, antes de liberar a chave do seu imóvel para visitação, pegar os dados dos corretores, e até dos clientes. Pode até fazer uma busca na internet, e ver se essas pessoas realmente existem", alerta Ayres.


Portaria


Robson Luiz de Lima tem 45 anos, e trabalha em portaria há 14. "Pra entrar no prédio o corretor precisa mostrar a carteirinha do Creci, e conferimos no livro do Creci. Fica tudo registrado ali. Pode acontecer de um morador deixar a chave na portaria, para mostrar o apartamento, e nesse caso ele [o morador] tem que deixar por escrito quem é o corretor que vai pegar a chave, ou qual pessoa que irá", explicou.


Outro que explica como é o procedimento em seu local de trabalho é o José Alves de Freitas, de 47 anos, e trabalhando em portaria desde 1994. "E há 21 anos estou no mesmo prédio", diz ele. Ele disse que já houve casos de tentativa que ele conseguiu evitar: "Às vezes vão pessoas sem documentação, dizendo que viram o anúncio pela internet, por exemplo, e isso fica muito vago. Não entra.", afirma Freitas.


Ele informa que utiliza um livro cedido pelo próprio Creci, onde constam os documentos, horário de entrada, saída, unidade visitada e nome da imobiliária. "Até mesmo se for um cliente honesto querendo ver o apartamento, mas faltar comunicação entre o proprietário e o interessado e elnão tiver documento, ou se não estiver tudo certinho e comunicado na portaria, eu não deixo entrar", afirmou.


Ayres lembrou, ainda, que casos de invasões assim têm se tornado cada vez mais comuns, e que um proprietário pode expor seus vizinhos e até ele mesmo, caso coloque à venda um imóvel onde ainda reside ou não sem a devida precaução. "Acho importante o proprietário colocar a venda ou aluguel em uma única imobiliária, e centralizar os atendimentos nela. Aqui, por exemplo, pesquisamos até os clientes que vamos visitar, e segurança nunca é demais", afirmou.


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