Com advogados de Santos, grupo de conselheiros critica presidência da OAB-SP

Dos 160 advogados do Conselho da seccional paulista, 37 se voltaram contra o presidente

Por: Sandro Thadeu  -  10/06/21  -  15:56
    Caio Augusto Silva dos Santos anunciou que tentará a reeleição
Caio Augusto Silva dos Santos anunciou que tentará a reeleição   Foto: José Luís da Conceição/OAB-SP

Um grupo formado por 37 dos 160 conselheiros da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) divulgou uma carta aberta, na última terça-feira (8), para manifestar dissidência em relação ao presidente da instituição, Caio Augusto Silva dos Santos.


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O principal motivo para o rompimento é o fato de o responsável pelo comando da entidade ter declarado que tentará a reeleição em novembro, contrariando o compromisso público da chapa vencedora no pleito de 2018, que defendia a alternância no poder.


O documento aponta ainda outras promessas não cumpridas pela atual gestão, como a implementação do voto eletrônico por meio de certificado digital e a transmissão on-line e ao vivo das reuniões do Conselho Seccional.


O manifesto é assinado por importantes nomes, como a diretora tesoureira da OAB-SP, Raquel Elita Alves Preto, a conselheira federal Daniela Campos Liborio, e a diretora e a secretária-geral adjunta da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP), Thais Helena Cabral Kourrouski e Paula Cristina Fernandes, respectivamente.


O grupo dissidente tem a participação de dois nomes de Santos: Thiago Testini De Mello Miller e Sonia Maria Pinto Catarino.


“Estamos marcando uma posição para deixar claro que a gente não coaduna com essa atitude de rasgar os compromissos firmados durante o pleito passado. A prática tem demonstrado que a reeleição não ajuda o processo democrático, nem o cumprimento dos mandatos”, afirmou Miller, que preside a Comissão Especial de Direito Marítimo e Portuário da OAB-SP.


Sonia citou outras promessas de campanha da chapa que não foram cumpridas e que constam na carta aberta, como o engajamento efetivo da instituição em prol da vedação da criação de novos cursos jurídicos, a redução de valores dos planos de saúdes geridos pela CAASP e a valorização da advocacia negra e da mulher advogada.


“Poderíamos ter a votação eletrônica, como ocorrerá em outros estados, por causa da pandemia de covid-19, ainda que em novembro as coisas possam estar melhores. Além disso, Santos e a nossa região foram muito desprezadas pela atual gestão", destacou.


A Tribuna pediu um posicionamento da OAB-SP, mas a entidade informou que, por enquanto, não iria se manifestar a respeito do documento formulado pelos conselheiros dissidentes.


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