Baixada Santista gera 475 vagas de emprego em outubro

Dados do Caged mostram que, apesar da criação das oportunidades, ritmo caiu em comparação a setembro

Por: Da Redação  -  22/11/18  -  13:26
  Foto: Alexsander Ferraz/AT

O ritmo da geração de empregos com carteira assinada na Baixada Santista diminuiu em outubro, segundo levantamento mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cadeg) divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho. A região ganhou 475 vagas, bem abaixo dos 2.126 postos de trabalho gerados em setembro.


Em nível nacional, foram criados 57.733 empregos no mês passado. Mesmo assim, o País teve o melhor resultado na média anual desde 2015, considerando-se o período de janeiro a outubro.


O cenário local é diferente. No acumulado do ano, contabilizados os resultados desses dez meses, a Baixada gerou 574 vagas de emprego. Significa dizer que, até setembro, o saldo era de 101 e, no mês anterior, a conta estava negativa, com mais desligamentos do que contratações nas nove cidades da região.


Para o economista Fernando Wagner Chagas, a recuperação econômica tem sido gradativa no Brasil, mas, na região, deve seguir compasso ainda mais lento porque a Baixada tem nos serviços sua principal atividade econômica. Esse é, justamente, o setor que mais demora para sentir o fôlego da economia num momento em que o País está saindo de um período de recessão.


“É o ultimo elo da cadeia a se recuperar da crise. A retomada ocorre em cadeia. Primeiro, a indústria, depois, o comércio recomeça o crescimento e, após, a prestação de Serviços”, pontua Chagas.


Ele acredita que os resultados deste mês, a serem divulgados em dezembro, devem ser melhores devido à proximidade das festas e à consequente abertura de postos de trabalho principalmente no Comércio, mesmo que temporários.


Em setembro, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santos previa mil contratações antes do Natal. Caso a projeção se confirme, representará crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em outubro, foram criadas apenas 74 vagas no setor na Cidade.


“O importante é que a recuperação (da economia) esteja acontecendo. Acredito que o empresário deve adquirir mais confiança no início do ano e voltar a investir pesado na economia a partir de março. E, na medida em que a renda do trabalhador aumenta, o consumo cresce e os empregos são gerados”, avalia Chagas.


Conforme os dados do Caged, o setor de serviços tem resultado negativo na maioria das cidades da região. Porém, em Santos, essa é a atividade que empurrou o saldo para cima: 2.496 vagas criadas desde o início do ano.


Comparação


Apesar do ritmo inconstante e bem menor de geração de empregos, quando comparado à média nacional, o panorama de 2018 é mais animador do que o do ano passado.


Em outubro de 2017, o saldo de empregos era negativo. Ao todo, 8.150 vagas haviam sido fechadas entre janeiro e outubro. Guarujá e Santos lideraram o ranking das cidades com os piores resultados.


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