Área do aterro do Sítio das Neves será ampliada para receber mais resíduos

Novo espaço tem 40 mil metros quadrados e fica entre duas células já existentes do aterro

Por: Fernando Degaspari  -  09/11/18  -  12:30

A expansão do aterro sanitário do Sítio das Neves será aprovada, em breve, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A medida, confirmada pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Trani, ainda precisa da aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).


A nova área, de 40 mil metros quadrados, fica entre duas células já existentes do aterro e será capaz de receber os resíduos sólidos da Baixada por mais de três anos.


Segundo a Cetesb, o parecer ainda depende da aprovação do Consema. Não existe prazo para que o tema seja votado, mas isso deve acontecer até maio do ano que vem, data limite para que o Sítio da Neves pare de receber lixo.


Com a ampliação, local receberia lixo da região por mais três anos
Com a ampliação, local receberia lixo da região por mais três anos   Foto: Rogério Soares/AT

“Havia uma dificuldade muito grande, que era obter a licença para fazer a expansão, que vai permitir um fôlego até a gente conseguir uma solução global. E, pra isso, a gente se empenhou muito. Eu, particularmente, me empenhei para que saia a licença”, disse o secretário de Meio Ambiente do Estado, Eduardo Trani.


O Sítio das Neves, localizado na área continental de Santos, está saturado desde 2015. O lugar recebe cerca de 2 mil toneladas de resíduos sólidos, produzidos por sete das nove cidades da região. Apenas Itanhaém, que manda seu lixo para a cidade de Mauá, e Peruíbe, que tem aterro próprio, não entram nessa conta.


Avaliação


O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Liborio, diz que, caso a extensão do aterro não fosse aprovada, os municípios da região teriam de seguir o modelo de Itanhaém e levar os detritos para aterros sanitários em outras cidades, como Mauá ou São Paulo.


A mudança, no entanto, faria com que o custo do serviço ficasse bem mais caro, tanto pelo transporte do material, quanto pelo valor que se teria de pagar aos municípios.


“A gente fica com uma visão de ganho de prazo em cima de uma necessidade urgente que a gente tem. As prefeituras ganham um prazo para que possam implantar medidas de redução. A gente precisa, de uma forma metropolitana, reduzir a quantidade de resíduos que vai para o Sítio das Neves”, diz.


O sinal verde da Cetesb, no entanto, não resolve o problema do lixo. Na opinião do secretário santista, as prefeituras da região precisam colocar em prática o acordo de redução na geração de resíduos firmado no Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), apostando em políticas de reciclagem e em logística reversa.


“Esse prazo de sobrevida tem que ser muito bem aproveitado do ponto de vista de planejamento. Agora, a gente precisa sentar e pôr no papel o que vamos fazer para reduzi resíduos”, completa Liborio.


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